Capitulo 3
No sábado, oito dias depois de ter chegado, Kate regressou a Chicago.
Abriu a porta do seu apartamento. Era bom estar em casa. Depois de desfazer as malas e de ir buscar as chaves e o correio na casa de Ella, serviu-se de um copo de vinho, foi até à aparelhagem, e pôs a tocar o CD de John Coltrane que tinha comprado.
Enquanto o som do jazz se infiltrava pela sala, passou em revista o correio. Como de costume, eram principalmente contas, e colocou-as de lado para outra ocasião.Havia oito mensagens na secretaria quando verificou. Duas eram de homens com quem ela saíra no passado, pedindo-lhe para telefonar se tivesse uma oportunidade. Pensou no assunto rapidamente, depois decidiu-se pela negativa. Nenhum deles a atraía, e não lhe apetecia sair só porque tinha uma vaga no seu programa. Também tinha recebido telefonemas da mãe e da irmã, e tomou nota para lhes telefonar durante aquela semana. Não havia telefonemas de Kevin. Naquela altura ele já estava a descer o rio de balsa e a acampar com o pai no Arizona.
Sem Kevin, a casa parecia estranhamente silenciosa. Porém estava arrumada e isso de alguma maneira tornava as coisas mais fáceis. Era bom regressar a uma casa e ter apenas de limpar aquilo que ela sujava de vez em quando.Pensou nas duas semanas de férias que ainda lhe restavam naquele ano. Ela e Kevin iriam passar algum tempo na praia porque ela prometera-lhe que o fariam. Mas isso ainda deixava outra semana bem depois pensaria nisso.
Meteu-se na cama e pegou num dos romances que começara a ler em Cape Cod. Leu depressa e sem distração e terminou quase uma centena de páginas, antes de estar cansada. à meia-noite apagou a luz.
Naquela noite, sonhou que estava a andar ao longo de uma praia deserta, embora não soubesse porquê.
Na segunda-feira de manhã, a quantidade de correio na sua mesa era impressionante, Havia quase duzentas cartas quando lá chegou, e outras cinquenta chegaram mais tarde naquele dia com o porteiro.
Mal ela entrou no escritório, Penny apontou orgulhosamente para a pilha. "Eu te disse!", sorrira ela.
Kate pediu para que as suas chamadas fossem suspensas, e começou logo a abrir o correio. Sem exceção, eram reações à carta que publicara na sua coluna. A maior parte era de mulheres, embora alguns homens também tivessem escrito, e a sua uniformidade de opiniões surpreendeu-a.
Uma a uma, leu como elas tinham ficado comovidas com a carta anonima. Muitas perguntavam se ela sabia quem era o autor, e algumas sugeriam que se o homem fosse solteiro, elas queriam casar com ele.Descobriu que quase todas as edições de domingo pelo país fora tinham publicado a coluna, e as cartas vinham de tão longe quanto Los Angeles.
Seis homens afirmavam ter sido eles a escrever a carta, e quatro deles reclamavam direitos de autor - um até ameaçava com uma ação judicial. Mas quando ela examinava as diferentes caligrafias, nenhuma delas se assemelhava, ainda que remotamente, à caligrafia da carta.
Ao meio-dia foi almoçar no seu restaurante japonês preferido, e algumas pessoas que estavam almoçando diziam que também tinham lido a coluna. "A minha mulher colou-a na geladeira", disse um homem, o que fez com que Kate risse em voz alta.
Ao fim do dia já tinha verificado a maior parte da pilha, e estava por isso cansada. Não tinha ainda sequer trabalhado na sua próxima cronica, e sentiu a pressão a crescer atrás do pescoço, como normalmente acontecia quando se aproximava o prazo de entrega.
As cinco e meia começou a trabalhar numa crónica relacionada com o fato de Kevin estar fora de casa e com a maneira como ela encarava o fato. Estava indo melhor do que esperava e tinha quase terminado quando tocou o telefone.Era a recepcionista do jornal.
- Olá, Kate. Sei que me pediste para suspender as tuas chamadas, e tenho-o feito - começou ela.
- Não foi fácil. A propósito, recebeste cerca de sessenta telefonemas hoje. O telefone não tem parado de tocar.
- Então o que se passa?
- Há uma mulher que não pára de telefonar. Esta é a quinta vez que liga hoje, e telefonou duas vezes na semana passada. Recusa-se a dar o nome, mas já reconheço a voz. Diz que tem que falar contigo.
- Não podes simplesmente ficar com uma mensagem?
- Tentei, mas ela é persistente. Pede sempre para que a deixe ficar em linha até teres um minuto. Diz que é uma chamada interurbana, mas que tem de falar contigo.
Kate pensou durante um momento. A sua coluna estava quase pronta - só mais uns parágrafos para terminar.
- Não podes pedir um número de telefone onde eu possa contactá-la?
- Não, também não quer me dar isso. É muito evasiva.
- Sabes o que ela quer?
- Não tenho qualquer ideia. Mas ela parece coerente. Não como muita gente que tem telefonado hoje. Um cara pediu-me para casar com ele.
Kate riu-se.
- Está bem, diz-lhe para aguardar. Atenderei dentro de dois minutos.
- Está bem.
- Em que linha é que ela está?
- Cinco.
- Obrigada.
Kate acabou a cronica depressa. Iria revê-la outra vez logo que se despachasse do telefonema. Pegou o telefone e carregou na linha cinco.
- Alo?
A linha permaneceu silenciosa por um momento. Depois, numa voz suave e melódica, a pessoa no outro lado perguntou:
- Kate Austen?
- Sim, ela mesma. - Kate recostou-se na cadeira e começou a enrolar o cabelo.
- Foi a senhora que escreveu a coluna sobre a mensagem na garrafa?
- Sim. Em que posso ajudá-la?
A mulher fez uma nova pausa. Kate conseguia ouvi-la respirar, como se ela estivesse a pensar sobre o que dizer a seguir. Depois de um instante, ela perguntou:
- Pode dizer-me os nomes que estavam na carta?
Kate fechou os olhos e parou de enrolar o cabelo. Apenas outra caçadora de curiosidades, pensou. Os seus olhos voltaram-se para o notebook e começou a rever a crónica.
- Não, lamento, não posso. Não quero que essa informação seja tornada pública.
A mulher ficou de novo em silêncio, e Kate começou a ficar impaciente. Começou a ler o primeiro parágrafo. Depois a mulher surpreendeu-a.
- Por favor - disse ela. - Eu tenho de saber.
Kate levantou o olhar da tela. Podia ouvir uma sinceridade absoluta na voz da mulher. Havia outra coisa também, mas não conseguia identificá-la.
- Lamento - disse Kate finalmente. - Não posso mesmo.
- Então pode responder uma pergunta?- Talvez.
- A carta é endereçada a Sarah e assinada por um homem chamado Jack?
A mulher tinha toda a atenção de Kate e ela sentou-se mais direita na cadeira.
- Quem fala? - perguntou com uma urgência repentina, e logo após as palavras terem saído, ela soube que a mulher saberia a verdade.
- É, não é?
- Quem fala? - perguntou Kate de novo, desta vez mais gentilmente. Ouviu a mulher respirar fundo antes de responder.
- Me chamo Michelle Turner e vivo em Norfolk, Virgínia.
- Como sabia da carta?
- O meu marido está na marinha e foi colocado aqui. Há três anos, estava passeando ao longo da praia, e encontrei uma carta exatamente igual àquela que encontrou nas suas férias. Depois de ler a sua coluna, eu sabia que tinha sido a mesma pessoa que a escrevera. As iniciais eram as mesmas.
Kate parou durante um momento. "Não podia ser, pensou ela. Há três anos?"
- Em que tipo de papel estava escrita?
- O papel era bege, e tinha uma imagem de um barco à vela no canto superior direito.
Kate sentiu o coração acelerar. Ainda parecia inacreditável.
- A sua carta tinha uma imagem de um barco também, não tinha?
- Sim, tinha - murmurou Kate.
- Eu sabia. Soube logo que li a sua coluna. - Michelle soava como se um peso lhe tivesse sido retirado dos ombros.
- Ainda tem uma cópia da carta? - perguntou Kate.
- Tenho. O meu marido nunca a viu, mas eu a pego de vez em quando só para lê-la de novo. É um pouco diferente da carta que copiou na sua coluna, mas os sentimentos são os mesmos.
- Pode enviar-me uma cópia por fax?- Claro que sim - disse ela antes de fazer uma pausa.
- É espantoso, não é? Quer dizer, primeiro eu a encontrá-la há tanto tempo, e agora você a encontrar outra.
- Sim - murmurou Kate -, é mesmo.
Depois de dar o número do fax a Michelle, Kate mal podia rever a sua crónica. Michelle tinha de ir a uma loja de cópias para enviar a carta por fax, e Kate deu por si a andar da sua mesa até à máquina do fax todos os cinco minutos enquanto esperava que a carta chegasse.
Quarenta e seis minutos mais tarde ouviu a máquina do fax dar sinal de vida. A primeira página a sair era uma nota do Serviço Nacional de Cópias, endereçada a Kate Austen do Chicago Times.Observou-a cair para o tabuleiro debaixo e escutou o som da máquina do fax à medida que esta copiava a carta linha por linha. Funcionava com rapidez - levava apenas dez segundos para copiar uma página - mas mesmo essa espera parecia muito longa. Depois uma terceira página começou a ser impressa, e ela percebeu que, tal como a carta que ela encontrara, esta também devia ter ambos os lados preenchidos.Estendeu as mãos para pegar nas cópias quando a máquina de fax começou a apitar, sinalizando o fim da transmissão.
Levou-as para a sua mesa sem as ler e colocou-as de face para baixo durante alguns minutos, tentando acalmar a sua respiração. "É apenas uma carta", disse ela para consigo mesma.
Respirando fundo, levantou a primeira página. Um relance rápido ao logotipo do barco comprovou-lhe que era de fato o mesmo autor. Colocou a página sob uma luz melhor e começou a ler.
6 de Março de 2001
Dear Sarah,
Onde estás tu? E porque razão,interrogo-me sentado sozinho numa casa escurecida, fomos forçados a separar-nos?
Não conheço as respostas para estas perguntas, por mais que me esforce por compreender. A razão é evidente, mas a minha mente obriga-me a rejeitá-la e sou atormentado pela ansiedade durante todas as minhas horas de vigília. Sinto-me perdido sem ti. Sinto-me sem alma, um vagabundo sem casa, um pássaro solitário em voo para lado nenhum.
Sinto todas essas coisas, e não sou absolutamente nada. Esta, meu amor, é a minha vida sem ti. Anseio para que tu me mostres como viver de novo.Tento lembrar-me de como éramos em tempos, no convés ventoso do Happenstance. Lembras-te como trabalhamos nele juntos? Tornámo-nos numa parte do oceano enquanto o reconstruíamos, porque ambos sabíamos que tinha sido o oceano que nos havia juntado.
Era em momentos como esses que eu compreendia o sentido da verdadeira felicidade. à noite, velejávamos sobre a água enegrecida e eu contemplava o luar refletindo a tua beleza.
Olhava para ti com espanto e sabia no meu coração que estaríamos juntos para sempre. É sempre assim, pergunto-me, quando duas pessoas estão apaixonadas?
Não sei, mas se a minha vida desde que te tiraram de mim e vazia.
A partir de agora, sei que estarei sozinho.Penso em ti, sonho contigo, invoco-te quando mais preciso de ti.
É tudo o que posso fazer, mas para mim não é o suficiente. Nunca será o suficiente, eu sei isso, mas que mais me resta fazer? Se aqui estivesses, dirias-me, mas até disso me roubaram.
Tu sabias sempre as palavras certas para apaziguar a dor que sentia. Tu sempre soubeste como fazer para que eu me sentisse bem por dentro.É possível que saibas como eu me sinto sem ti? Quando sonho, gosto de pensar que sim. Antes de nos termos encontrado, atravessava a vida sem sentido, sem razão. Sei que de alguma maneira, todos os passos que dei desde o momento em que comecei a andar eram passos dirigidos ao teu encontro.
Estávamos destinados a nos encontrar.Mas agora, sozinho na minha casa, comecei a perceber que o destino pode magoar uma pessoa tanto quanto a pode abençoar, e dou por mim a perguntar porque razão - de todas as pessoas do mundo inteiro que alguma vez poderia ter amado - tinha de me apaixonar por alguém que foi levada para longe.
Jack
Depois de ler a carta, recostou-se na cadeira e levou os dedos aos lábios. Os ruídos da sala da redação pareciam vir de um lugar muito distante. Procurou a sua mala, encontrou a carta inicial, e colocou as duas lado a lado em cima da mesa.
Leu a primeira carta, depois a outra, depois leu-as de trás para a frente, sentindo-se quase como um voyeur, como se estivesse a espiar um momento privado e cheio de segredos.
Levantou-se da mesa, sentindo-se estranhamente confusa. Esperando clarear a mente, começou distraidamente a arrumar a confusão da sua mesa. Quando terminou, nada estava fora do seu lugar exceto as duas cartas, nas quais não tinha sequer tocado.
Há pouco mais de uma semana ela encontrara a primeira, e as palavras tinham deixado uma impressão profunda, embora a pessoa pragmática dentro de si a forçasse a tentar esquecê-las. Mas agora isso parecia impossível. Não depois de encontrar uma segunda carta, escrita presumivelmente pela mesma pessoa.
Haveria mais? E que tipo de homem as enviaria em garrafas? Parecia um milagre que outra pessoa, três anos antes, tivesse encontrado uma carta e a tivesse guardado escondida na sua gaveta porque também ficara comovida. No entanto isso tinha acontecido.
Mas o que significava tudo aquilo? Sabia que o assunto não deveria realmente ter muita importância para ela, mas de repente passou a ter.
Passou a mão pelo cabelo e olhou em volta da sala. Por todo o lado as pessoas estavam em movimento. Não tinha ainda bem a certeza, e o seu único desejo era que ninguém se dirigisse à sua mesa nos minutos seguintes, até ela ter uma ideia melhor sobre o que estava acontecendo. Voltou a meter as duas cartas na mala, enquanto a frase de abertura da segunda carta se sucedia na sua cabeça.
Onde estás tu?
Saiu do programa de computador onde costumava escrever a sua coluna, e apesar das dúvidas, escolheu o programa que lhe dava acesso à Internet.Depois de um momento de hesitação, escreveu as palavras WRIGHTSVILLE BEACH no programa de busca e deu enter.
Sabia que alguma coisa iria encontrar, e em menos de cinco segundos ela tinha uma série de tópicos diferentes por onde escolher.
Foram encontrados 3 registros com Wrightsville Beach.
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Regional: E.U. América: Carolina do Norte: Cidades: Wrightsville Beach
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Regional: E.U. América: Carolina do Norte: Cidades: Wilmington: Imobiliárias- Imobiliária Ticar - escritórios também em Wrightsville Beach e Carolina BeachRegional: E.U. América: Carolina do Norte: Cidades: Wrightsville Beach: Alojamentos- Estância de Veraneio Cascade Beach
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Regional: E.U. América: Carolina do Norte: Cidades: Wrightsville Beach
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Regional: E.U. América: Carolina do Norte: Cidades: Wilmington: Imobiliárias- Imobiliária Ticar - escritórios também em Wrightsville Beach e Carolina BeachRegional: E.U. América: Carolina do Norte: Cidades: Wrightsville Beach: Alojamentos- Estância de Veraneio Cascade Beach
Enquanto fitava o monitor, sentiu-se subitamente ridícula. Mesmo que Penny tivesse razão e Jack vivesse na zona de Wrightsville Beach, mesmo assim seria quase impossível localizá-lo.
Por que razão, então, estava ela a tentar fazê-lo?
Ela sabia a razão, claro. As cartas foram escritas por um homem que amou profundamente uma mulher, um homem que estava agora sozinho. Quando menina, ela aprendera a acreditar no homem ideal - o príncipe ou cavaleiro das suas histórias de infância. No mundo real, porém, homens como aqueles simplesmente não existiam. Pessoas reais tinham programas de vida reais, exigências reais, expectativas reais acerca de como as outras pessoas devem se comportar.
Era verdade, havia homens bons por esse mundo fora- homens que amavam com todo o coração e que permaneciam firmes face a grandes obstáculos - o tipo de homem que ela quisera conhecer desde que se divorciara de James. Mas como encontrar tal homem?
Ali e naquele momento, ela sabia que tal homem existia - um homem que estava agora sozinho - e saber isso fez com que qualquer coisa dentro dela se apertasse. Parecia óbvio que Sarah - quem quer que ela fosse - estava provavelmente morta, ou pelo menos desaparecida sem uma explicação.
No entanto, Jack ainda a amava o suficiente para lhe enviar cartas de amor durante pelo menos três anos. Jack procurava assim ser capaz de amar alguém profundamente e de, mais importante do que isso, permanecer totalmente comprometido - mesmo muito depois de a sua pessoa amada ter desaparecido.
Onde estas tu? Tinia-lhe repetidamente através da cabeça, como uma canção que ela tivesse ouvido na rádio de manhã cedo e que estivesse continuamente a repetir-se pela tarde inteira.
Onde estás tu? Ela não sabia ao certo, mas ele existia, e uma das coisas que aprendera cedo na vida era que se descobríssemos algo que nos fazia apertar o peito, o melhor era tentarmos conhecer mais sobre o assunto. Se ignorássemos simplesmente o sentimento, nunca saberiamos o que poderia ter acontecido, e de certa maneira isso era pior do que descobrir que estávamos errados desde o início. Porque se estivéssemos errados, podíamos, seguir em frente com as nossas vidas sem nunca olhar para trás e perguntarmo-nos sobre o que poderia ter sido.
Mas até onde poderia isto tudo levar? E qual era o seu significado? Fora a descoberta da carta de alguma maneira predeterminada, ou seria apenas uma coincidência?
Mas ela estava curiosa sobre o escritor misterioso, e não fazia sentido negar isso - pelo menos a ela própria. E porque mais ninguém compreenderia (como poderiam eles compreender, se ela própria não compreendia?), resolveu naquele instante não contar a ninguém o que estava sentindo.
Onde estás tu? Lá bem no fundo ela sabia que as buscas no computador e a sua fascinação por Jack não iriam levar a nada. Aos poucos transformariam-se numa espécie de história ridícula para contar e recontar vezes sem conta.
Ela seguiria em frente com a sua vida - escrevendo a sua coluna, passando o tempo com Kevin, fazendo todas as coisas que uma mãe solteira tinha de fazer.E estava quase certa. A sua vida teria continuado exatamente como ela a imaginara.
Mas algo aconteceu três dias mais tarde que fez com que ela se atirasse ao desconhecido só com uma mala cheia de roupa e uma pilha de papéis que poderiam, ou não, ter significado alguma coisa.
Kate descobriu uma terceira carta de Jack.
CONTINUA...
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