quarta-feira, 30 de abril de 2008

INCANCELLABILE - Cap 22 Parte 2





Los Angeles HQ
Dia Seguinte
10h



Ana estava ansiosa tamborilando os dedos sobre a mesa.Recebera uma ligacao as 8h confirmando que os agentes chegariam as 9h trazendo Sawyer e as duas mulheres.O telefone toca.

- Agente Cortez.


- Eles chegaram. O interrogatorio sera na sala da ala norte.

- Ok.

Ana deixou a sala com pressa.


Sala de interrogatorio
Ala Norte



Um agente especial de Miami encontrava-se dentro da sala com Sawyer.


Visivelmente chateado, Sawyer maquinava como poderia se safar dessa. Na verdade, sabia que nao tinha muita escolha.

Na ante-sala, Juliet e Anabelle aguardavam pacientemente. Ana chegou em poucos minutos.


Antes de falar com as mulheres, deu uma boa olhada em Sawyer. "Voce vai se ver comigo,cafajeste!"


- Qual de voces e a Juliet?

- Sou eu.

Ana estendeu a mao para ela.


- Oi,voce esta disposta a nos ajudar na investigacao?


- Claro, mas nao sei se posso contribuir muito. Eu apenas conheco o Jack e sei o que aconteceu com a Kate.Por isso o reconheci.

- Certo, e ela?


Um dos agentes se antecipou.


- Ela e francesa, chama-se Anabelle e com certeza ela e a vitima da vez.


- Otimo! Voce fala frances?


- Nao, mas a agente Thomas fala.

- Entao peca a ela para interroga-la. Descubra tudo que puder, o que ela sabe, onde o conheceu, o que ele disse que faz...tudo ok? Deixem ele comigo.

Assentindo o agente saiu a procura da parceira.


Ana respirou fundo e finalmente entrou na sala.



- Wow, finalmente uma policial que presta. Ola, morena esta armada?

- Estou e nao vou pensar duas vezes antes de atirar em voce.


- Nossa, adoro mulheres violentas. Disse debochado.


- Chega de brincadeira, cafajeste. Voce sabe muito bem porque foi preso, certo Sawyer?


- Desculpe, benzinho mas meu nome e Julien.


- Um dos varios, James Ford. Ou voce vai querer continuar com esse joguinho de "nao sei o que eu fiz"?


- Bem, se voce puder me dizer porque estou aqui...


Ana entortou a boca e revirou os olhos. "Paciencia!"


- O canalha esta sendo indiciado por fraude - que e crime federal , roubo e tentativa de assassinato. Sim, tentativa porque voce nao matou Kate Austen. Ah, voce nao deve conhece-la... disse ironicamente.


- Ah, conheco. A tal ancora da ABC.


- Humhum, e sua ex-mulher.


- Querida se ela fosse minha mulher duvido que ia me deixar...tenho muitas qualidades.

- E dentre elas esta aplicar golpe em mulheres por prazer? Cut the crap, Sawyer! Nos sabemos de todo o seu golpe nao adianta encenar nada. Sua prisao e fato. Entao a menos que queira assumir sua culpa e tentar, escutou: tentar diminuir sua pena, me poupe das mentiras e das cantadas baratas.


Sawyer a olhava debochado mas sabia que estava num beco sem saida. Resolveu entao peita-la afinal ela poderia estar blefando, nao poderia?

- Voce e muito abusada nao? Atraente, mas abusada. Voce nao tem nada. Esta encenando esse teatro pra me fazer falar o que voce quer ouvir. Voce se julga muito esperta nao? Mas palavras nao resolvem casos, morena. Voce nao aprendeu isso no seu cursinho de agente do FBI?

- Ah, claro. Imagine se a justica aceitaria que eu condenasse alguem pelos meus belos olhos... sabe existe um motivo para o "I" do FBI. E foi investigacao o que eu fiz para ter a chance de provar que voce merece apodrecer na cadeia, seu canalha!

Ela puxou os cabelos dele para tras com forca aproximando seu rosto do dele.


- Nao ouse me desafiar Sawyer porque essa guerra voce ja perdeu. Voce vai ter o que merece pelo que fez com Kate.


Soltou os cabelos dando um safanao na cabeca dele. Ela estava com odio dele, tinha nojo. Puxou de dentro da pasta sobre a mesa as copias das senhas do banco.


- Reconhece essas senhas?


Ele fingiu olhar o papel, engoliu em seco mas tentou disfarcar.


- Nao, deveria?

- Ha, suas senhas quando trabalhava no Bank of America sob o nome de James Ford e marido de Kate. Por sinal, mesmo banco onde ela mantinha conta e investimentos e de onde voce desapareceu, junto com o dinheiro, sem deixar vestigios ao seu empregador na noite do suposto assalto a casa de Kate.


Ele continuou calado.

- Vou refrescar sua memoria um pouquinho mais.

Ela puxou a foto ampliada de Cassidy tirada da camera de seguranca da lanhouse, colocou outra recente ao lado.

- Conhece essa mulher,Sawyer?


- Ela e muito bonita, nao mais que voce morena. Nao conheco...voce vai me apresentar?


- Sawyer, chega! Nao vou perder meu tempo com voce. Eu nao preciso de uma confissao porque a Cassidy ja me deu.

- O que? Ele nao acreditou no que estava acontecendo, sentiu a raiva o dominar e acabou transparecendo o que tentava esconder.


- Ah, consegui sua atencao agora? So que e tarde demais. Ou voce confessa tudo ou ja vou despejar voce na cadeia pra esperar seu julgamento. E se depender de mim Sawyer, voce nao vera a luz do dia!


Odio, somente odio pairava nos olhos de Sawyer. Ele esmurrou a mesa.

- O que essa vagabunda te disse?


- Tudo que eu precisava saber para incrimina-lo.


- Onde ela esta?

- Presa! Ela e sua cumplice, esqueceu? Mas pelo menos ela tem um pouco de vergonha na cara e assumiu o que fez.


Ana o encarou por alguns segundos, tinha vencido.


- Vou chamar meu parceiro para escolta-lo. Voce ja me disse o que precisava saber. Fim de jogo, Sawyer. Te vejo no tribunal.


Ele ficou calado, sem expressar nenhuma reacao. As palavras de Ana martelavam na mente dele.


Fim de jogo...


Antes de deixar a sala, Ana voltou-se para ele mais uma vez.


- Ia me esquecendo. Eu poderia ate te indiciar por tentativa dupla de homicidio. Ele a olhou intrigado.


- A tal "vagabunda" como voce falou estava esperando um filho seu. Voce a drogou, Sawyer. Ela perdeu o bebe. Isso o torna assassino mais uma vez.


Saiu da sala deixando Sawyer sozinho em pensamentos. A diversao chegara ao fim.


Ana respirou fundo ao deixar a sala. A sensacao do dever cumprido a fez sorrir. Agora basta marcar o julgamento. Ela dirigiu-se ao agente na sala ao lado.


- Voce poderia leva-lo dali?

- E claro!

- Agente Thomas, tudo certo com a moca? Meneou a cabeca apontando para a francesa.


- Ah, sim ja colhi o depoimento dela e tambem de Juliet. Estou providenciando estadia e amanha posso manda-la de volta a Paris.


- E voce, Juliet? Quando pretende voltar a Miami?


- Vou amanha mesmo mas apenas a noite. Antes, vou aproveitar para rever os amigos.

- Bem, quero agradecer voce. Nao sei se teriamos conseguido prender esse cafajeste tao rapido assim.


- Acho que foi sorte mesmo. Fico feliz em poder ajudar, o que ele fez com a Kate nao se faz com ninguem. Voce tambem foi otima no interrogatorio.


- Obrigada. Bem, tenho algumas providencias a tomar. O quanto antes levarmos o caso a julgamento melhor. Venha, te acompanho ate a saida.






CONTINUA...

Nenhum comentário: