quarta-feira, 30 de abril de 2008

INCANCELLABILE - Cap 22 Parte 1




MIAMI
21h



Juliet recebera um telefone de Ana e apos explicar como encontrou e reconheceu Sawyer, sugeriu que o melhor a fazer era nao perde-lo de vista e pediu a Ana que acionasse o FBI.


Informou tambem que naquele momento ele estava tomando uns drinks acompanhado no bar ao ar livre do Bayside. Ana novamente agradeceu e pediu para Juliet ficar atenta e qualquer mudanca ligasse para ela. Ela estaria providenciando a prisao do cara.


Nervosa, Juliet achou por bem manter-se proximo ao sujeito e sentou-se umas duas mesas de distancia dele. Pediu algo para beber.


Ao toque do celular, ela assustou-se.

- Alo.


- Jules! Esta tudo bem com voce? Porque me ligou?


- Jack...finalmente. A voz era tremula.


- O que houve?


- Eu o encontrei...


- Encontrou quem?


- Nao posso falar agora - sussurrava - ligue para o Des.


E desligou o telefone.


- E entao?


- Kate tem algo estranho acontecendo. Ela disse para ligar para o Des.


Ele ja foi discando em seguida. Ao terceiro toque, ele atendeu.


- Brotha! Falou com a Juliet?


- Bem que tentei mas ela disse que nao podia falar e mandou eu ligar pra voce. Aconteceu algo com ela?


- Nao, ela esta bem e tem otimas noticias. Ela encontrou o tal Sawyer.


- O que?


Jack nao podia acreditar.


- Sim, Jack ele esta em Miami. A Ana Lucia ja contactou a Jules e instruiu-a.


Kate estava ficando aflita ao lado de Jack. Ainda nao sabia o que estava acontecendo.


- Nao e perigoso?


- Ela ja acionou o FBI.

- Obrigada Des.

- Nada brotha, estou na torcida.

Desligou.


- Jack...fala.


- Kate, acho que tenho noticias interessantes...


Ela, nervosa perdeu a paciencia.


- Desembucha, Jack.


- A Jules encontrou o Sawyer em Miami.


A noticia pegou Kate desprevinida e ela deixou a bolsa cair no chao.


- A Ana ja esta sabendo e cuidando pra prender esse cafajeste.


Ele sabia que mesmo a ideia positiva da possivel captura de Sawyer, ela ainda ficava mexida com isso. Com certeza, a simples mencao ao nome dele a fazia recordar os momentos de angustia. Sem dizer nada, a abracou.


Depois de um tempo, ele perguntou:


- Tudo bem?


Ela balancou a cabeca afirmativamente.


- Tudo. Voce acha que ele sera preso?


- Conhecendo a Ana, nao duvido. Vamos pra casa. Acho que esse pesadelo vai acabar logo,logo.


E deu um beijo nela carinhoso.


MIAMI


O telefone de Juliet tocou novamente.


Dessa vez, eram instrucoes para ela se manter longe da cena. Em questao de segundos, dois homens vestidos a paisana se aproximaram de Sawyer e discretamente anunciaram a sua prisao.

- Nao faca nenhum movimento brusco ou escandalo. FBI. Voce esta preso por fraude, tentativa de assassinato e roubo. Nem pense em reagir. Levante calmamente e nos acompanhe.


Segurando um dos bracos, o agente colocou as algemas nele.


Rapidamente, uma agente entrou em cena conduzindo a acompanhante dele para um lugar afastado. A francesa, percebeu Juliet, nao estava entendendo nada.


Sawyer estava algemado e foi escoltado pelos agentes ate o carro. A agente localizou Juliet e foi ao seu encontro.


- Voce e a Juliet, certo?


- Sim.


- Agent Thomas. Pode me chamar de Laura. Voce por acaso nao conhece a moca?


- Nao porem garanto que esta sendo enganada.


A agente virou-se novamente para ela e comecou a perguntar seu nome, se conhecia o cara,tambem prometeu a ela que tudo estava bem e que cuidaria dela. Virando-se para Juliet a chamou para acompanha-la ao HQ do FBI.


Los Angeles


Ana aguardava ansiosa o retorno do escritorio de Miami.Ela queria mais do que tudo colocar as maos nesse sujeito.
Seu colega de escritorio bate na porta.


- Ana, tudo certo prenderam o cara. Ele sera escoltado ate aqui amanha cedo.As duas mulheres tambem virao, precisamos de todos os depoimentos que conseguirmos.


- Otimo! Amanha cedo estarei aqui.


Lembrando dos maiores interessados na historia,resolveu ligar.

Jack e Kate ja estavam de volta ao apartamento e ele fazia de tudo para ajuda-la a nao pensar mais no assunto que a preocupara essa noite.


Ele estava na cozinha quando seu celular comecou a tocar.


- Kate atende pra mim.


Ela assim o fez. Viu quem ligava e um arrepio percorreu sua nuca.


- Alo.


- Kate, e voce?


- Sim. Noticias?


- Prendemos Sawyer. Ele estara aqui amanha.


- Isso e bom.


- E otimo! Nao vejo a hora de mandar esse canalha pra cadeia de vez.


- Qual a ideia agora?


- Interroga-lo da mesma forma que fizemos com Cassidy. Mas sei que nao sera tao facil. Apos indicia-lo vou pedir a prisao e o julgamento o quanto antes.


- Certo.
- Se precisar de ajuda eu aviso ok?
- Ok, Ana. Obrigada.


Kate desligou o telefone e sentou-se no sofa. Jack veio ao seu encontro.


- Prenderam ele...


Imediatamente, Jack sentou ao seu lado e a trouxe para proximo de si afagando os cabelos.


- Isso e bom.


Ela afastou-se dele para fita-lo.


- Amore, vai ficar tudo bem...


- Eu sei. So quero que isso acabe logo.


- Eu tambem, Kate. Eu tambem.




CONTINUA...

INCANCELLABILE - Cap 22 Parte 2





Los Angeles HQ
Dia Seguinte
10h



Ana estava ansiosa tamborilando os dedos sobre a mesa.Recebera uma ligacao as 8h confirmando que os agentes chegariam as 9h trazendo Sawyer e as duas mulheres.O telefone toca.

- Agente Cortez.


- Eles chegaram. O interrogatorio sera na sala da ala norte.

- Ok.

Ana deixou a sala com pressa.


Sala de interrogatorio
Ala Norte



Um agente especial de Miami encontrava-se dentro da sala com Sawyer.


Visivelmente chateado, Sawyer maquinava como poderia se safar dessa. Na verdade, sabia que nao tinha muita escolha.

Na ante-sala, Juliet e Anabelle aguardavam pacientemente. Ana chegou em poucos minutos.


Antes de falar com as mulheres, deu uma boa olhada em Sawyer. "Voce vai se ver comigo,cafajeste!"


- Qual de voces e a Juliet?

- Sou eu.

Ana estendeu a mao para ela.


- Oi,voce esta disposta a nos ajudar na investigacao?


- Claro, mas nao sei se posso contribuir muito. Eu apenas conheco o Jack e sei o que aconteceu com a Kate.Por isso o reconheci.

- Certo, e ela?


Um dos agentes se antecipou.


- Ela e francesa, chama-se Anabelle e com certeza ela e a vitima da vez.


- Otimo! Voce fala frances?


- Nao, mas a agente Thomas fala.

- Entao peca a ela para interroga-la. Descubra tudo que puder, o que ela sabe, onde o conheceu, o que ele disse que faz...tudo ok? Deixem ele comigo.

Assentindo o agente saiu a procura da parceira.


Ana respirou fundo e finalmente entrou na sala.



- Wow, finalmente uma policial que presta. Ola, morena esta armada?

- Estou e nao vou pensar duas vezes antes de atirar em voce.


- Nossa, adoro mulheres violentas. Disse debochado.


- Chega de brincadeira, cafajeste. Voce sabe muito bem porque foi preso, certo Sawyer?


- Desculpe, benzinho mas meu nome e Julien.


- Um dos varios, James Ford. Ou voce vai querer continuar com esse joguinho de "nao sei o que eu fiz"?


- Bem, se voce puder me dizer porque estou aqui...


Ana entortou a boca e revirou os olhos. "Paciencia!"


- O canalha esta sendo indiciado por fraude - que e crime federal , roubo e tentativa de assassinato. Sim, tentativa porque voce nao matou Kate Austen. Ah, voce nao deve conhece-la... disse ironicamente.


- Ah, conheco. A tal ancora da ABC.


- Humhum, e sua ex-mulher.


- Querida se ela fosse minha mulher duvido que ia me deixar...tenho muitas qualidades.

- E dentre elas esta aplicar golpe em mulheres por prazer? Cut the crap, Sawyer! Nos sabemos de todo o seu golpe nao adianta encenar nada. Sua prisao e fato. Entao a menos que queira assumir sua culpa e tentar, escutou: tentar diminuir sua pena, me poupe das mentiras e das cantadas baratas.


Sawyer a olhava debochado mas sabia que estava num beco sem saida. Resolveu entao peita-la afinal ela poderia estar blefando, nao poderia?

- Voce e muito abusada nao? Atraente, mas abusada. Voce nao tem nada. Esta encenando esse teatro pra me fazer falar o que voce quer ouvir. Voce se julga muito esperta nao? Mas palavras nao resolvem casos, morena. Voce nao aprendeu isso no seu cursinho de agente do FBI?

- Ah, claro. Imagine se a justica aceitaria que eu condenasse alguem pelos meus belos olhos... sabe existe um motivo para o "I" do FBI. E foi investigacao o que eu fiz para ter a chance de provar que voce merece apodrecer na cadeia, seu canalha!

Ela puxou os cabelos dele para tras com forca aproximando seu rosto do dele.


- Nao ouse me desafiar Sawyer porque essa guerra voce ja perdeu. Voce vai ter o que merece pelo que fez com Kate.


Soltou os cabelos dando um safanao na cabeca dele. Ela estava com odio dele, tinha nojo. Puxou de dentro da pasta sobre a mesa as copias das senhas do banco.


- Reconhece essas senhas?


Ele fingiu olhar o papel, engoliu em seco mas tentou disfarcar.


- Nao, deveria?

- Ha, suas senhas quando trabalhava no Bank of America sob o nome de James Ford e marido de Kate. Por sinal, mesmo banco onde ela mantinha conta e investimentos e de onde voce desapareceu, junto com o dinheiro, sem deixar vestigios ao seu empregador na noite do suposto assalto a casa de Kate.


Ele continuou calado.

- Vou refrescar sua memoria um pouquinho mais.

Ela puxou a foto ampliada de Cassidy tirada da camera de seguranca da lanhouse, colocou outra recente ao lado.

- Conhece essa mulher,Sawyer?


- Ela e muito bonita, nao mais que voce morena. Nao conheco...voce vai me apresentar?


- Sawyer, chega! Nao vou perder meu tempo com voce. Eu nao preciso de uma confissao porque a Cassidy ja me deu.

- O que? Ele nao acreditou no que estava acontecendo, sentiu a raiva o dominar e acabou transparecendo o que tentava esconder.


- Ah, consegui sua atencao agora? So que e tarde demais. Ou voce confessa tudo ou ja vou despejar voce na cadeia pra esperar seu julgamento. E se depender de mim Sawyer, voce nao vera a luz do dia!


Odio, somente odio pairava nos olhos de Sawyer. Ele esmurrou a mesa.

- O que essa vagabunda te disse?


- Tudo que eu precisava saber para incrimina-lo.


- Onde ela esta?

- Presa! Ela e sua cumplice, esqueceu? Mas pelo menos ela tem um pouco de vergonha na cara e assumiu o que fez.


Ana o encarou por alguns segundos, tinha vencido.


- Vou chamar meu parceiro para escolta-lo. Voce ja me disse o que precisava saber. Fim de jogo, Sawyer. Te vejo no tribunal.


Ele ficou calado, sem expressar nenhuma reacao. As palavras de Ana martelavam na mente dele.


Fim de jogo...


Antes de deixar a sala, Ana voltou-se para ele mais uma vez.


- Ia me esquecendo. Eu poderia ate te indiciar por tentativa dupla de homicidio. Ele a olhou intrigado.


- A tal "vagabunda" como voce falou estava esperando um filho seu. Voce a drogou, Sawyer. Ela perdeu o bebe. Isso o torna assassino mais uma vez.


Saiu da sala deixando Sawyer sozinho em pensamentos. A diversao chegara ao fim.


Ana respirou fundo ao deixar a sala. A sensacao do dever cumprido a fez sorrir. Agora basta marcar o julgamento. Ela dirigiu-se ao agente na sala ao lado.


- Voce poderia leva-lo dali?

- E claro!

- Agente Thomas, tudo certo com a moca? Meneou a cabeca apontando para a francesa.


- Ah, sim ja colhi o depoimento dela e tambem de Juliet. Estou providenciando estadia e amanha posso manda-la de volta a Paris.


- E voce, Juliet? Quando pretende voltar a Miami?


- Vou amanha mesmo mas apenas a noite. Antes, vou aproveitar para rever os amigos.

- Bem, quero agradecer voce. Nao sei se teriamos conseguido prender esse cafajeste tao rapido assim.


- Acho que foi sorte mesmo. Fico feliz em poder ajudar, o que ele fez com a Kate nao se faz com ninguem. Voce tambem foi otima no interrogatorio.


- Obrigada. Bem, tenho algumas providencias a tomar. O quanto antes levarmos o caso a julgamento melhor. Venha, te acompanho ate a saida.






CONTINUA...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

DVD's Season 4!!!

Anunciado hj a tao esperada data para o release dos DVD's da S4 nos USA!

E isso mesmo, a partir de 9 de dezembro os americanos poderao desfrutar do box contendo 5 discos com os 14 episodios da temporada e um monte de extras bacanas.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP2Eg6IGrzG_ieJrnH99kP7lX5QnzLcsFvCehcVfZcANl_kAMl2QDWybWPqqAivV0IawqX94T3c7ze4NtTyt0GfSqIca7wfxawCTzVyORiZKPoPXlDZnUXJdprtVQQPlIa2QOz7N8I8h6W/s1600-h/Lost-S4DVD-thumb-500x620.jpg

* Erros de gravação
* Comentários em aúdio
* Cenas deletadas
* Lost na locação - Vá à locação com o elenco e equipe de Lost para ver cenas de bastidores das gravações de alguns dos episódos mais quentes da 4ª temporada.
* O pessoal do cargueiro (título que pode mudar) - De onde o pessoal do cargueiro veio? Conheça-os e descubra o que os produtores procuraram nos novos membros do elenco.
* Transformando o Havaí (título que pode mudar) - Da praia deserta à urbanizada Los Angeles, o Havaí serve como cenário global para as intrigas de Lost. Junte-se ao pequeno exército de técnicos que transformam o Havaí na Ilha.
* Conhecendo as armas (título que pode mudar) - Lost apresenta uma série de armas de fogo. Conheça o perfil das armas de verdade e descubra como é trabalhar com tanto poder de fogo.
* A música de Lost (título que pode mudar) - A Orquestra Sinfônica de Honolulu executa a trilha sonora vencedora de prêmios de Michael Giacchino. Testemunhe o poder dos vários temas musicais da série bem como seu inovador uso de instrumentos e veja como a música afeta a produção, da roteirização à direção.


Algumas informacoes podem ser alteradas...


ainda sem data no Brasil = (

resta esperar qdo teremos a nossa aqui ...cruzem os dedos porque dezembro esta taooo longe!

As Palavras que Nunca Te Direi - Cap 11

Capitulo 11

Durante as duas semanas seguintes, Jack e Kate falaram pelo telefone todas as noites, às vezes durante horas. Jack também enviou duas cartas - bilhetes curtos, na verdade - para lhe dizer que sentia a falta dela, e na semana seguinte enviou-lhe mais flores, dessa vez uma dúzia de flores do campo e margaridas acompanhadas de uma caixa de chocolates.


Kate queria retribuir os mimos, por isso mandou uma camisa azul clara que ela pensou ficar bem com os jeans dele, juntamente com dois postais dizendo o quanto queria estar com ele.

Kevin chegou em casa alguns dias mais tarde, e isso fez com que a semana seguinte passasse muito mais depressa para Kate do que para Jack.


Na sua primeira noite em casa, Kevin jantou com Kate, contando-lhe animadamente as suas férias, antes de cair num sono profundo que durou quase quinze horas. Quando acordou, havia já uma longa lista de coisas que precisavam de ser feitas. Roupa nova para a escola, uma mala cheia de roupas sujas, queria revelar as fotos que acabou por ocupar quase um sábado inteiro.

Em outras palavras, a vida voltava ao normal na casa dos Austen.


Na segunda noite após Kevin ter chegado, Kate contou-lhe as suas férias em Cape Cod, depois a sua viagem a Wilmington. Falou em Jack, tentando transmitir-lhe o que sentia por ele sem o alarmar. A princípio, quando ela explicou que iam visita-lo no fim de semana seguinte, Kevin não pareceu muito entusiasmado. Mas depois de contar qual era o trabalho de Jack, Kevin começou a mostrar algum interesse.

- Quer dizer que ele pode me ensinar a mergulhar? - perguntou ele enquanto ela aspirava a casa.

- Ele disse que ensinava, se quisesses.

- Legal - disse ele, voltando ao que estava fazendo antes. Algumas noites depois ela levou-o a uma loja para comprar umas revistas sobre mergulho. Antes de partir, Kevin já sabia o nome de cada peça de equipamento que era possível usar, obviamente sonhando com a aventura que se aproximava.

Kate, apesar de toda a loucura do dia a dia, estava muito ansiosa por rever Jack. Sentia saudades de tudo, do sorriso, do semblante calmo, do corpo bronzeado e dos beijos...sim! Torcia para que os dias voassem.

Jack, entretanto, mergulhava no trabalho. Trabalhava até tarde, pensando em Kate enquanto o fazia, agindo de maneira muito semelhante ao que tinha feito depois de Sarah morrer. Quando disse ao pai que sentia muito a falta de Kate, este apenas acenou com a cabeça e sorriu. Algo no olhar avaliador do pai fez Jack interrogar-se sobre o que estaria exatamente passando pela cabeça do velho.

Bem antes, Kate e Jack tinham decidido que seria melhor que ela e Kevin não ficassem na casa de Jack, mas no verão, quase todos os quartos na cidade estavam ocupados. Felizmente Jack conhecia o dono de um pequeno motel que ficava na praia cerca de dois quilómetros da sua casa e conseguiu arranjar quartos.

Quando finalmente chegou o dia de Kate e Kevin partirem, Jack foi comprar comida, lavou o carro por dentro e por fora, e tomou um banho de chuveiro antes de ir para o aeroporto.

Vestido de calças caqui, moccasins, e a camisa que Kate lhe comprara, ele esperava nervosamente junto ao portão.

Nas últimas duas semanas os seus sentimentos por Kate tinham aumentado. Sabia agora que o que quer que tinha acontecido entre ele e Kate não se baseava apenas na atração física - a sua saudade apontava para algo de mais profundo e duradouro. Enquanto esticava o pescoço para ver se a vislumbrava entre a multidão, sentiu uma pontada de ansiedade. Há tanto tempo que não se sentia daquela maneira em relação a uma pessoa - e onde iria parar tudo isto?

Quando Kate saiu do avião com Kevin ao lado, todo o seu nervosismo se dissipou subitamente.


Ela estava bela, mais bela do que ele se lembrava. E Kevin era muito parecido com a mãe tal qual vira na sua foto. Tinha pouco mais de um metro e meio, os cabelos e os olhos verdes de Kate, e era magricela, tanto os braços como as pernas pareciam ter crescido um pouco mais depressa que o resto do corpo. Vestia umas bermudas compridas, tenis Nike, e uma camisa de um concerto dos Hootie and the Blowfish. A sua escolha de vestuário era claramente inspirada na MTV, e Jack não conteve um sorriso. Chicago, Wilmington... na verdade não havia qualquer diferença, não? Adolescentes.

Kate acenou quando o viu, e Jack foi ate eles, pegando suas malas de viagem. Não sabendo se devia beijá-la à frente de Kevin, ele hesitou, até Kate se inclinar beijando-o alegremente na face.

- Jack, quero apresentar o meu filho, Kevin - disse ela orgulhosa.

- Olá, Kevin.

- Olá, Sr. Shepard - disse ele formalmente, como se Jack fosse seu professor.

- Podes me chamar de Jack - disse ele, estendendo a mão. Kevin apertou-a, um pouco inseguro.

Até àquele momento, nenhum adulto a não ser Ana lhe pedira para o tratar pelo primeiro nome.

- Como foi a viagem? - perguntou Jack.

- Foi boa - respondeu Kate.

- Já comeram alguma coisa?

- Ainda não.

- Bem, que tal ir comer qualquer coisa antes de os levar para o motel?

- Parece boa ideia.

- Queres alguma coisa em especial? - Jack perguntou a Kevin.

- Eu gosto do McDonald's.

- Oh, querido, não - disse Kate depressa, mas Jack deteve-a com um movimento da cabeça.

- O McDonald's é uma ótima ideia.

- Tens certeza? - perguntou Kate.

- Absoluta. Eu como lá sempre.

Kevin parecia encantado com esta resposta, e os três começaram a dirigir-se para a área de bagagens. Quando deixaram os portões, Jack perguntou:

- És bom nadador, Kevin?

- Bastante bom.

- Estás preparado para umas lições de mergulho este fim de semana?

- Acho que sim. Tenho lido sobre o assunto - disse ele, tentando soar mais velho do que era.

- Muito bem. Esperava que dissesses isso. Se tivermos sorte, até pode ser que consigas o certificado antes de voltares para casa.

- O que é isso?

- É uma licença que te permite mergulhar quando quiseres é mais ou menos como uma carta de motorista.

- Consegue-se isso em tão poucos dias?

- Claro. Tens de fazer um teste escrito e passar algumas horas na água com um instrutor. Mas uma vez que vais ser o meu único aluno este fim-de-semana - a não ser que a tua mãe queira aprender também - teremos tempo suficiente.

- Legal - disse Kevin. Voltou-se para Kate. - Também vais aprender, mãe?

- Não sei. Talvez.

- Acho que devias - disse Kevin. - Ia ser divertido.

- Ele tem razão, devias aprender também - Jack acrescentou com um sorriso afetado, sabendo que ela iria sentir-se pressionada pelos dois e provavelmente acabaria por ceder.

- Está bem - disse ela, girando os olhos. - Também vou. Mas se vir algum tubarão, desisto logo.

- Quer dizer que pode haver tubarões? - perguntou Kevin depressa.

- Sim, provavelmente veremos alguns tubarões. Mas são pequeninos e não incomodam as pessoas.

- Pequeninos como? - perguntou Kate, lembrando-se da história que ele contara sobre o tubarão martelo que encontrara.

- Suficientemente pequenos para que não tenhas nada com que te preocupares.

- Tens certeza?

- Humhum.

- Cool - repetiu Kevin para consigo mesmo, e Kate lançou um olhar a Jack, perguntando a si mesma se ele estava dizendo a verdade.

Depois de comer qualquer coisa, Jack levou Kate e Kevin para o motel. Enquanto eles acabavam de arrumar as suas coisas lá dentro, Jack foi ao carro e voltou com um livro e alguns papéis debaixo do braço.

- Kevin - isto é para ti.

- O que é?

- É o livro e os testes que precisas ler para o teu certificado. Não te preocupes, parece mais do que é na realidade. Mas se quiseres começar amanhã, tens de ler, pelo menos, as duas primeiras seções e completar o primeiro teste.

- É difícil?

- Não - é bastante fácil, mas mesmo assim tens que fazer. E podes usar o livro para encontrar as respostas para as perguntas mais difíceis.

- Quer dizer que posso ver as respostas enquanto estou fazendo o teste?

Jack acenou com a cabeça.

- Sim. Quando entrego estes testes aos meus alunos, é para eles fazerem em casa e tenho certeza de que quase todos usam o livro. O importante é tentares aprender aquilo que precisas saber. O mergulho é muito divertido, mas pode ser perigoso se não souberes o que estás fazendo.

Jack entregou o livro a Kevin e continuou.

- Se conseguires acabar até amanhã - são cerca de vinte páginas para ler, mais o teste - podemos ir até à piscina para a primeira parte do curso. Aí aprendes a pôr o equipamento e depois praticamos durante um bocado.

- Não vamos para o mar?

- Amanhã não - primeiro tens de passar algum tempo na piscina para te habituares ao equipamento. Depois de fazer isso durante algumas horas, então estarás pronto. Iremos para o mar provavelmente na segunda e na terça-feira para os teus primeiros mergulhos. E se conseguires fazer as horas suficientes debaixo de água, terás um certificado provisório quando voltar para casa. Depois, tudo o que precisas fazer é enviar um formulário pelo correio, e receberás o certificado verdadeiro também pelo correio dentro de duas semanas.

Kevin começou a folhear o livro.

- A mãe também tem que fazer?

- Se ela quiser ter um certificado, também.

Kate aproximou-se, espreitando por cima do ombro de Kevin enquanto ele folheava o livro. O conteúdo não parecia muito assustador.

- Kevin - disse ela -, podemos fazer juntos amanhã de manhã, se estiveres muito cansado para começar agora.

- Não estou muito cansado - disse ele rapidamente.

- Então importas-te que eu e Jack conversemos um pouco na varanda?

- Não, podem ir - disse ele distraidamente, virando já a primeira página.

Uma vez lá fora, Jack e Kate sentaram-se à frente um do outro. Olhando para trás para o filho, Kate viu que Kevin estava lendo.


- Não estás facilitando as coisas para lhe arranjar um certificado,não?

Jack abanou a cabeça.

- Não, de maneira nenhuma. Para se conseguir um certificado PADI - o certificado para mergulhadores de recreio - precisas passar nos testes e de um certo período de tempo na água com um instrutor, é tudo. Normalmente alargamos o curso ao longo de três ou quatro fins-de-semana, mas isso é porque a maioria das pessoas não têm tempo para fazê-lo durante a semana. Ele vai ter o mesmo número de horas, só que é mais condensado.

- Agradeço por estares fazendo isto por ele.

- Ei, esqueceu que isto é a minha vida? - Depois de se certificar de que Kevin ainda lia, ele puxou rapidamente a sua cadeira um pouco para mais perto dela.


- Senti muito a tua falta nestas duas semanas - disse ele baixinho, tomando a mão dela na sua.

- Também senti a tua falta.

- Estás maravilhosa - acrescentou ele. - De longe a mulher mais bonita que saiu daquele avião.

Sem querer, Kate corou.

- Obrigada... Tu também estás bonito, especialmente com essa camisa.

- Pensei que ias gostar.

- Estás desapontado por não ficarmos em tua casa?

- Não muito. Compreendo as tuas razões. Kevin ainda não me conhece, e prefiro que ele se vá habituando a mim à maneira dele em vez de forçar as coisas. Como disseste, ele já passou por problemas suficientes.

- Sabes que isso significa que não poderemos passar muito tempo juntos este fim de semana, não sabes?

- Eu aceito mesmo assim - disse ele. Kate olhou para dentro de novo, e quando viu que Kevin estava absorto no livro inclinou-se para a frente e beijou Jack. Apesar de saber que não iria poder estar com ele toda noite, ela sentia-se surpreendentemente feliz. Estar sentada ao lado dele vendo a maneira como ele olhava para ela aumentou de súbito a batida do seu coração.

- Quem me dera que não vivêssemos tão longe um do outro - disse ela. - Tu és como uma droga, vicia.

- Aceito isso como um elogio.

Três horas mais tarde, muito depois de Kevin ter adormecido, Kate acompanhou silenciosamente Jack até à porta. Depois de saírem para o corredor e fecharem a porta atrás deles, beijaram-se durante muito tempo, cada um achando difícil largar o outro. Nos braços dele, Kate sentia-se de novo uma adolescente, como se um segundo perdido fosse o fim do mundo e isso de certa maneira aumentava a excitação que sentia.

- Gostaria tanto que pudesses ficar aqui hoje - murmurou ela.

- Também eu.

- É assim tão difícil para ti dizer boa noite como é para mim?

- Aposto em como é muito mais difícil para mim. Eu vou voltar para uma casa vazia.

- Não digas isso. Vou me sentir culpada.

- Talvez seja bom um pouco de culpa. Assim sei que gostas de mim.

- Não estaria aqui se não gostasse. - Beijaram-se de novo sofregamente.

Afastando-se, ele murmurou:

- Tenho mesmo de ir. - Não parecia muito convencido.

- Eu sei.

- Mas não quero - disse ele com um sorriso maroto.

- Sei o que queres dizer - disse ela. - Mas tens de ir. Tens de nos ensinar a mergulhar amanhã.

- Preferia ensinar-te outras coisas que eu sei.

- Acho que já fizeste isso da última vez que estive aqui - disse ela timidamente.

- Eu sei. Mas tem de se praticar para atingir a perfeição.

- Então temos de arranjar algum tempo para praticar enquanto estiver aqui.

- Achas que isso será possível?

- Eu acho - disse ela honestamente -, que quando se trata de nós dois, tudo é possível.

- Espero que tenhas razão.

- Tenho - disse ela antes de o beijar uma última vez. - Normalmente tenho razão. - Ela afastou-se dele lentamente e recuou em direção à porta.

- É isso que eu gosto em ti, Kate, a tua confiança. Sabes sempre o que fazer e dizer.

- Vai para casa, Jack - disse ela com um ar de fingido de vergonha. - E faz um favor?

- Qualquer coisa.

- Sonha comigo, está bem?



CONTINUA...

domingo, 27 de abril de 2008

Minhas Paixoes....

Meninas vcs sabem que sou apaixonada por Matt, Jate, LOST ...kkkk... mas tenho uma outra paixao por idiomas em geral... (ingles,espanhol,italiano...sim!). Amo especialmente a musica italiana =)... pela minha fic vcs podem perceber.


Enfim, achei um video Jate MARAVILHOSO - com uma belissima cancione "A TE" de Jovanotti.



Abaixo a letra e o link do video...(nada + justo pra essa fase up! Jate)



http://br.youtube.com/watch?v=aAo2fTP6YQ4



A TE



A te che sei l’unico al mondo

L’unica ragione per arrivare fino in fondo

Ad ogni mio respiro

Quando ti guardo

Dopo un giorno pieno di parole

Senza che tu mi dica niente

Tutto si fa chiaro

A te che mi hai trovato

All’ angolo coi pugni chiusi

Con le mie spalle contro il muro

Pronto a difendermi

Con gli occhi bassi

Stavo in fila

Con i disillusi

Tu mi hai raccolto come un gatto

E mi hai portato con te

A te io canto una canzone

Di tutto quello che ho

Prendi il mio tempo

E la magia

Che con un solo salto

Ci fa volare dentro all’aria

Come bollicine



A te che sei

Semplicemente sei

Sostanza dei giorni miei

Sostanza dei giorni miei



A te che sei il mio grande amore

Ed il mio amore grande

A te che hai preso la mia vita

E ne hai fatto molto di più

A te che hai dato senso al tempo

Senza misurarlo

A te che sei il mio amore grande

Ed il mio grande amore

A te che io

Ti ho visto piangere nella mia mano

Fragile che potevo ucciderti

Stringendoti un po’

E poi ti ho visto

Con la forza di un aeroplano

Prendere in mano la tua vita

E trascinarla in salvo

A te che mi hai insegnato i sogni

E l’arte dell’avventura

A te che credi nel coraggio

E anche nella paura

A te che sei la miglior cosa

Che mi sia successa

A te che cambi tutti i giorni

E resti sempre la stesso



A te che sei

Semplicemente sei

Sostanza dei giorni miei

Sostanza dei sogni miei

A te che sei

Essenzialmente sei

Sostanza dei sogni miei

Sostanza dei giorni miei



A te che non ti piaci mai

E sei una meraviglia

Le forze della natura si concentrano in te

Che sei una roccia sei una pianta sei un uragano

Sei l’orizzonte che mi accoglie quando mi allontano

A te che sei l’unico amico

L’unico amore che vorrei

Se io non ti avessi con me a te che hai reso la mia vita bella da morire,

che riesci a render la fatica un' immenso piacere,

a te che sei il mio grande amore ed il mio amore grande,

a te che hai preso la mia vita e ne hai fatto molto di più,

a te che hai dato senso al tempo senza misurarlo,

a te che sei il mio amore grande ed il mio grande amore,

a te che sei,

semplicemente sei,

sostanza dei giorni miei,

sostanza dei sogni miei...

e a te che sei, semplicemente sei, compagno dei giorni miei...sostanza dei giorni miei





Jate is Fate!!! =)



PS: Se quiserem uma traducao meia boca e so deixar recado....

sábado, 26 de abril de 2008

INCANCELLABILE - Cap 21

Paris

Duas semanas depois



Sawyer, agora Julien, estava radiante diante das perspectivas futuras.


Nao so Anabelle caira nas suas cantadas como ja se dizia perdidamente apaixonada por ele. Em pouco tempo, ele desfrutava de uma vida de rei e ja programavam uma viagem aos Estados Unidos.



Apesar da vontade de Anabelle em querer ir a Miami, Sawyer sabia que ainda nao era a hora de voltar ao pais e habilmente convenceu a moca a passarem apenas dois dias na cidade e fazerem um cruzeiro pelas Bahamas. Ideia que ela acatou completamente. Partiriam da Franca em apenas 3 dias e Sawyer planejava durante a viagem pedi-la em casamento.



A vida realmente nao poderia ser melhor do que agora.








Ana Lucia confiscou toda e qualquer evidencia que Cassidy possuia sobre o golpe de Sawyer. Sabendo tambem que a policia francesa nao dedicaria muito tempo para ajudar o FBI, ela aproveitou para novamente espalhar fotos do cafajeste por todo os Estados Unidos na esperanca de que alguem pudesse pelo menos lhe dar mais informacoes sobre ele.




Miami

3 dias depois

15h


Sawyer, ou melhor, Julien desembarcava no aeroporto de Miami acompanhado de Anabelle. Iriam diretamente para um hotel de luxo em Miami Beach. A viagem fora longa e tudo o que queriam era relaxar.


Ja instalados no hotel, porem Anabelle queria apenas um banho para sair as compras. Apesar de odiar isso tudo, ele nao podia contestar, era o bom moco agora.


Ao retornarem ao hotel depois de um belo jantar, Sawyer tomou um banho e jogou-se na cama. Fazendo o social, deu uns amassos na francesa que logo acabou pegando no sono. O fuso ainda mexia com ela. Manteve a tv no mute enquanto assistiu uma serie na ABC, bebendo o melhor champagne disponivel.


Quando voltou do banheiro, Sawyer deu de cara com algo inusitado na tv.


Kate...



"ah deve ser reprise! Fantasma agora nao..." entao reparou abaixo do logo uma palavra...


LIVE...


- Nao pode ser! Acho que minha cota de champagne por hoje acabou...


Mas ele nao podia lutar contra o obvio, era ela!


- Como? Ela esta morta!!! Nao esta?

Mas a imagem de Kate persistia na tela e parecia mais sorridente que nunca...


"WTF!!!"


Irritado desligou a tv, isso nao poderia estar acontecendo... se ela realmente estava viva, isso implicava que talvez a policia pudesse estar a procura dele. Inquieto, ele nao dormira aquela noite. Prometeu a si mesmo conseguir maiores informacoes sobre Kate Austen tao logo amanhecesse.



MIAMI

Dia seguinte



Os piores pesadelos de Sawyer se confirmaram logo apos o cafe da manha. puxando papo sobre as ultimas noticias do pais, ele conseguiu descobrir que Kate nao so estava viva mas que parecia bem melhor do que jamais estivera.


Numa banca de revista, ele encontrou Kate Austen como a capa da EW, falando do retorno ao trabalho e a nova fase da sua vida.


Quando perguntada sobre o suposto assalto sofrido por ela, a resposta era simples: "Prefiro ainda nao comentar o assunto, so posso dizer que de um modo estranho, esse acontecimento foi crucial na minha vida."

"Crucial? O que essa idiota quer dizer com isso?"



Mas ele nao podia perder o foco. Tinha que se dedicar ao seu novo golpe, principalmente por nesse momento parecer a unica saida disponivel.

Anabelle o fitava de modo estranho.


- O que aconteceu, amor? Voce parece tenso...


- Nada benzinho, so quero que essa viagem seja perfeita.


E para tirar a atencao dela, tascou um beijo na pobre francesa.




San Sebastian

17h



Jack estava em seu escritorio terminando o prontuario de um dos pacientes do dia. Concentrado, nao reparou quando Desmond entrou acompanhado de alguem na sala.

Kate tentava segurar o riso enquanto via o amigo mexer no bip.

- Pi...pi..pi...

Jack dera um pulo da cadeira e so entao percebeu que nao estava sozinho.

- Jesus...Des voce e doido?

- Eu nao, brotha mas voce ta tao interessado no trabalho que nem viu a Kate bater.

Ela rindo se aproximou dele e beijou-o.

- O que faz aqui, Bela?

- Vim te roubar um pouquinho. Falta uma semana pro natal e nem sequer decidimos o que fazer.

- Como nao? Voces irao passar o natal la em casa. Nao vejo a hora de voce conhecer a Penny. Tenho certeza que as duas vao adorar falar mal da gente, brotha.

- Oh, obrigada pelo convite. Entao, Dr. podemos deixar esse hospital e irmos bater perna no shopping?

Jack ja fechara o arquivo e ia desligar o computador quando Desmond o impediu.

- Hey, Kate...vem ver uma coisa aqui.

Ela se aproximou da tela e viu Desmond abrindo um arquivo de foto. Era ela. Dormindo.







- Jack...


- Ele olhava para ela todos os dias. eu dizia que voce nao existia.


Jack parecia envergonhado, olhando para baixo, respondeu:


- Eu tirei com o celular.


Ela abracou-o e beijou a nuca.


- Agora voce pode tirar uma mais bonita pra colocar como papel de parede.


Eles riram. Ela o apressou e em poucos minutos deixaram o hospital.

No shopping, Kate acabara comprando um vestido lindo para usar na noite de natal enquanto Jack se encarregara de comprar uma garrafa de whisky puro escoces para presentear Desmond na noite de natal. Jantaram e decidiram pegar um cinema depois, nada como namorar um pouquinho.



MIAMI

19h



Juliet estava agoniada. Sempre atrasava suas compras de natal e dessa vez prometera a si mesma que nao deixaria isso acontecer de novo.


Ela estava no Bayside. Uma vitrine masculina chamou sua atencao.entrou na loja esperando encontrar presentes para Ethan e algo tambem para o amigo, Jack. "Ah, nao posso esquecer da Kate."


Quando avaliava algumas camisas, reparou numa moca bonita sentada no sofa. Pela fisionomia sabia que nao era americana e comprovou ao ve-la chamar por alguem em frances. Querendo tirar umas duvidas sobre tamanho, dirigiu-se ao balcao onde o vendedor recebia um pagamento de um cliente.


Ao passar pelo provador, esbarrou num homem alto e louro que virou-se imediatamente para ela:

- Sorry! Pardon...

Tudo que ela conseguiu fazer foi balancar a cabeca enquanto prendia a respiracao. Piscou varias vezes para ver se os olhos nao lhe pregavam uma peca. O homem abriu um sorriso e piscou para ela.

Ela nao acreditava no que estava a sua frente. Nada menos que Sawyer.


Sim! Ela que tantas vezes vira sua foto no site do FBI como Procurado...e agora ele estava ali a sua frente.


Respirou fundo e cautelosamente retornou ao balcao onde deixou as camisas e saiu da loja.

Pegou o celular e discou pra unica pessoa capaz de ajuda-la naquele momento. O telefone tocou e acabou caindo na caixa de mensagem.


- Droga! Atende, Jack!

Nao satisfeita, ligou para Desmond.

- Alo?

- Des, e a Juliet.

- Hey ...quem e vivo..

- Des me escuta. E serio. Preciso encontrar o Jack ou a Kate...e urgente!

Juliet tremia, estava nervosa.

- Calma, o que aconteceu?

- Eu o encontrei Des...Sawyer...ele esta em Miami.

- O que?

- E isso mesmo, please acha o Jack. Ele nao atende o celular.

- Jules, vou tentar falar com eles mas mantenha a calma e nao o perca de vista. Procure o FBI.

- Ta vou tentar.

- Eu ligo de volta. Se acalme, ok?

Desligaram.

Desmond nem acreditava nessa descoberta, parecia bom demais. Tentou falar com Jack sem sucesso.


Nao importa. Apos procurar o numero, ligou para o FBI.

- FBI HQ.


- Por favor, preciso falar com um agente sobre um suspeito.


- Senhor, qual o agente?


- Ah, e a Ana Lucia...nao sei o sobrenome, e urgente! Sei onde o suspeito do caso Austen esta.



Alguns minutos se passaram e finalmente Desmond obteve retorno.



- Aqui e Ana Lucia. Quem fala?


- Oi, Ana. Sou Desmond amigo do Jack Shepard. Estou tentando falar com ele mas nao consigo. Uma amiga em comum que mora em Miami afirma que o tal Sawyer esta la acompanhado de uma mulher francesa.


- Voce tem certeza disso?

- Juliet nao teria porque mentir... eu a instrui a ir pro FBI de la mas duvido que consiga alguma coisa.

- Voce pode me dar um telefone, celular qualquer coisa para eu contacta-la?

- Claro! Anote ai...

E Desmond passou o contato de Juliet.

- Obrigada. Vou acionar o HQ de Miami agora mesmo.

- Ok, e por favor nos mantenha informados.

- Pode ter certeza.

Desmond tentou de novo o celular de Jack...


Nada! Resolveu dar um tempo. Tentaria mais tarde.


Jack e Kate deixaram o cinema abracados. Ele ficou esperando enquanto ela foi ao banheiro.


Como era de costume, checou o celular e ficou surpreso por ter 5 ligacoes nao atendidas de Juliet e Desmond. Mas o que aconteceu?


Retornou a ligacao de Juliet primeiro, apos chamar varias vezes caiu na caixa postal.


Kate chegando a seu lado, perguntou:

- Alguma emergencia?

- Nao sei tenho ligacoes de Des e Juliet. O que voce acha?

- Muito estranho.

- Nao consigo falar com eles.

- Tente novamente.


Ele o fez. Sem sucesso.






CONTINUA...

Season 4 - Analises Jates

Comentarios do episodio S04E09


The Shape of Things to Come

Antes de mais nada...yeah! It's back! *dances*

E LOST volta a cena com um episodio logo de quem? Benjamin Linus - melhor vilao! Mais um super episodio !!!


Essa analise vai contemplar 3 partes - primeiro o episodio geral com foco na mitologia e suas milhares de perguntas em aberto, depois a melhor parte : Jate! e por ultimo what's next? afinal como uma Ervilha spoiler free, o que nao me faltam sao perguntas...kkkk

Entao vamos la!

Ao final do ultimo episodio antes do hiatus, me senti meio traida. Como encerrar com um episodio de Michael (arggg - nao e segredo para ninguem que eu detesto esse cara) mas o pior foi ver Karl e Rousseau mortos !!!??? E quando penso que ja acabou... mais mortes. Em grandes destaques nao necessariamente na mesma ordem de aparicao:

1) Ben no futuro e no meio do Deserto do Sahara! Isso nos leva a pensar que ele pode viajar no tempo tal como o Desmond, afinal porque parecia tao desnorteado e perguntou pela data (24/10/2005) ? Outro misterio se abre : Widmore e ele se conhecem de longa data, seria o velho Charles a sua constante?


2) De volta a Othersville - serio quando vi a cena do Sawyer definitivamente pensei - realmente ele virou figurante! Putz nao tem nada melhor para fazer do que jogar? ainda bem que a minha decepcao foi por pouco tempo. Finalmente colocaram o Sawyer pra fazer algo que preste! Gostei de ve-lo com uma arma na mao e mais do que isso, gostei de ver ele se preocupar com alguem pra variar. Alem da preocupacao com Hurley. Ate que enfim, Sawyer!

3) Locke - esse virou marionete definitivamente! Fazemos o que o mestre Ben mandar - o que dirao os fans dele? Que velho mais besta! Ate o Sawyer ta pensando mais que ele. Lamentavel!

4) Ben sempre um show a parte! Tivemos a resposta de como Saiyd veio trabalhar para ele. E Nadia! Depois de tanto tempo procurando por ela e agora morta! Fiquei muito triste pelo Saiyd, ele nao merecia isso.

5) Como o Ben pode ser tao frio? Arriscando a vida da propria filha! Juro que pensei que veria um pouco de sentimento naquele homem, pensei que ele sairia para proteger a Alex. Ai, ele me surpreende de novo e a vida de Alex vai nao e poupada. E claro que pela reacao dele fico claro que ele nao imaginava que o atirador ia ser tao calculista. Deu pena realmente, mas depois do encontro com Sr. Widmore e a ameaca a Penelope ficamos na duvida se tudo nao seria apenas por disputa de poder e ego do que para vingar a filha.

6) A relacao entre Ben e Widmore e bem estranha. Porque o velho nao puxou uma arma pra se defender ou mesmo matar o Ben? Ai lembramos - constante? Outra Charles diz que a ilha e dele e foi roubada. Imaginem como Ben fez isso?! Deve ser uma explicacao e tanto.

7) O monstro de fumaca volta a atacar! aparentemente controlado por Ben...de novo mais perguntas...

8) Alguem ensina o Daniel a mentir, pls!

9) O tempo - tudo indica que esse FF se passa apos 9 meses da saida da ilha.




Mais um show de Michael Emerson!!



Agora sim, a parte boa - JATE!!!



Imaginem a satisfacao de ver a primeira cena do episodio Jate...e bom d+!



E impressionante como a Kate faz tudo pra chamar a atencao de Jack a qualquer momento...qdo ela deu aquele tchauzinho parecia querer lembra-lo :




"Ei, eu estou aqui...."


e o sorriso...ah...que sorriso! como duvidar do amor e cumplicidade desses 2 ?



Nao satisfeita ainda vai atras dele.


"You look terrible!"
"Well,Tks"


Ai, tow com pena do Doc , tadinho ta dodoi (sou uma otima enfermeira hehehe)...e mesmo ele falando de estomago parecia pedra no rim pelo local da dor (e falou a doutora kkkk)


Mas tambem tive receio sobre que droga era aquela...seria msm antibioticos?

"Crackers always makes me feel better!" por acaso essas crackers tem gosto de Jack, dona Kate?





O flerte e inconfundivel. Essa e a cena!


Nessa cena em especial tive uma sensacao de Deja vu ...lembrei da 1a temporada quando Jack esta no limite e Kate o dopa e fica velando o sono dele...algo me diz que o proximo episodio vai ser espetacular!


Depois dessa cena maravilhosa e depois de ver Jack sentir dor, milhares de perguntas vem a minha cabeca :


Quem vai cuidar de Jack? Kate e Juliet vao brigar por isso e Juju vai tentar impor-se por ser medica? Sera que o propiro Jack ira escolher? Acredito que algumas de vcs lembram que especulavamos como seria a declaracao de Kate e sempre pensavamos em situacoes extremas - um dos dois doentes ou a beira da morte...sera que estavamos certas?


Porque Sawyer teve que cair na real agora? Porque esse mala vai voltar pra praia? Arfff ...so faltava agora os produtores quererem recuperar o dito triangulo....


Pior com Jack doente, sera que o Vassoura vai querer cantar de galo? Tomara que a Kate de um passa fora nele.

Porque Daniel mentiu? E afinal como eles sairao da ilha?

Perguntas sem respostas, duvidas, desejos...a unica coisa que posso dizer e que nao vou aguentar de ansiedade ate a prox. sexta!!!

O 410 promete arrasar conosco (e o que corre a boca pequena) no bom sentido...so em ser um epi de Jack sabemos que promete!



JIF , no doubt about it!!!



Ate o proximo... e podem comentar = )

quinta-feira, 24 de abril de 2008

LOST IS BACK !!!





SIM!!!



Hoje finalmente acaba o hiatus...uhuuuuu....eu estou tão ansiosa...

Não tenho a mínima noção do que vai acontecer afinal sou uma spoiler free =)

A partir de agora, voltarei a comentar epis - sempre do ponto de vista Jate (claro!) sem esquecer os pontos principais para a mitologia da serie.


E continuo com o meu mantra - JATE IS FATE!!!


S4 is ours!! It will blow your mind...






bjsss e ate amanha ou sábado com a analise do 409 =)

As Palavras que Nunca Te Direi - Cap 10

Capitulo 10



Cedo na manhã seguinte, Kate dormia profundamente quando o som de um telefone a acordou de sobressalto. Procurando o telefone às escuras, ela reconheceu imediatamente a voz de Jack.

- Chegaste bem em casa?

- Sim, cheguei - respondeu ela sonolenta. - Que horas são?

- Seis e pouco. Te acordei?

- Sim. Deitei tarde ontem à noite esperando a sua ligacao. Comecei a achar que tinhas esquecido da tua promessa.

- Não esqueci. Achei que precisava de algum tempo para te instalares.

- Mas tinha certeza de que estaria acordada logo de madrugada, certo?

Jack riu-se.

- Desculpa. Como foi o voo? Como está?

- Bem. Cansada, mas bem.

- Então imagino que o ritmo da grande cidade já te pôs cansada de novo.

Ela riu-se, e a voz de Jack tornou-se séria.

- Quero que saibas uma coisa.

- O quê?

- Estou com saudades.

- Mesmo?

- Sim. Fui trabalhar ontem apesar da loja estar fechada, esperando avançar com a papelada, mas não consegui fazer grande coisa porque estava sempre pensando em ti.

- É bom ouvir isso.

- É verdade. Não sei como é que vou conseguir trabalhar durante as próximas duas semanas.

- Oh, vais conseguir.

- Talvez não consiga dormir, também.

Ela riu-se, sabendo que ele estava brincando.

- Então, não exageres agora. Não gosto muito de homens superdependentes, sabe. Gosto que os meus homens sejam homens.

- Então vou tentar me controlar.

Ela fez uma pausa.

- Onde estás agora?

- Estou sentado na varanda vendo o nascer do Sol. Porquê?

Kate pensou na vista que perdia.

- É bonito?

- É sempre, mas esta manhã, não estou gostando tanto como de costume.

- Porque não?

- Porque não estás aqui comigo.

Ela recostou-se na cama, arranjando uma posição confortável.

- Também estou com saudade.

- Espero que sim. Detestaria pensar que sou o único a me sentir desta maneira.

Ela sorriu, segurando o telefone junto ao ouvido com uma mão e enrolando distraidamente o fio com a outra, até que ao fim de vinte minutos se despediram relutantemente e desligaram o telefone.


Entrando no escritório mais tarde do que o costume, Kate sentiu finalmente os efeitos da sua turbulenta aventura começarem a afetá-la. Tinha dormido pouco, e quando olhara para o espelho depois de falar com Jack ao telefone, tivera a certeza de que parecia pelo menos uma década mais velha.


Como de costume, o primeiro lugar onde ia logo que chegava ao trabalho era à cantina para beber um café, e nessa manhã adicionou um segundo pacote de açúcar para lhe dar uma energia extra.

- Oh, olá, Kate - disse Penny contente, aparecendo por trás dela. - Pensei que nunca mais chegasses. Estou louca para ouvir tudo o que aconteceu.

- Bom dia - resmungou Kate, mexendo o café. - Desculpa o atraso.

- Já estou contente de teres conseguido voltar. Quase corri para o teu apartamento ontem à noite para falar contigo, mas não sabia a que horas irias chegar.

- Desculpa não ter telefonado, mas estava um pouco cansada depois da minha semana lá - disse ela.

Penny encostou-se ao balcão.

- Bem, isso não é surpresa nenhuma. Eu já percebi mais ou menos o que se passou.

- Que queres dizer?

Os olhos de Penny brilhavam.

- Imagino que não tenhas visto a tua mesa ainda.

- Não, acabei de entrar. Porquê?

- Bem - disse ela, erguendo as sobrancelhas -, parece que causaste boa impressão.

- De que estás falando, Penny?

- Vem comigo - disse Penny com um sorriso conspirador enquanto a conduzia de volta a redação.


Quando Kate viu a sua mesa, ficou de boca aberta. Ao lado do correio que acumulara durante a sua ausência estava uma dúzia de rosas, num belo arranjo dentro de um grande jarro transparente.

- Chegaram logo de manhã. Eu as recebi.

Mal ouvindo o que Penny tinha dito, Kate pegou no cartão encostado ao jarro e abriu-o imediatamente. Penny ficou atrás dela, espreitando por cima do seu ombro. O cartão dizia:

Para a mulher mais bela que conheço...
Agora que estou sozinho de novo, nada é como antes.
O céu está mais cinzento, o oceano mais sombrio.
Podes melhorar isso?
A única maneira é voltares para me ver.
Saudades,

Jack


Kate sorriu para o bilhete e enfiou-o novamente dentro do envelope, inclinando-se para cheirar o ramo.

- Deves ter tido uma semana memorável - disse Penny.

- Sim, tive - respondeu simplesmente Kate.

- Estou ansiosa por ouvir tudo - todos os detalhes picantes.

- Acho - disse Kate, olhando em volta para todas as pessoas na redação a olharem para ela discretamente - que seria melhor falar contigo mais tarde, quando estivermos sozinhas. Não preciso do escritório inteiro falando sobre o assunto.

- Eles já estão, Kate. Há muito tempo que não entregavam flores aqui. Mas está bem, falamos no assunto mais tarde.

- Disse quem enviou as flores?

- Claro que não. Para ser honesta, gosto de os deixar na expectativa. - Ela piscou depois de passar os olhos pela redação. - Escuta, Kate, tenho trabalho para fazer. Achas que poderíamos almoçar as duas hoje? Então poderemos conversar.

- Claro. Onde?

- Que tal o Mukini's? Aposto que não comeste sushi lá em baixo em Wilmington.

- Está ótimo. E Penny... obrigada por ter mantido isto em segredo.

- De nada.

Penny deu umas palmadinhas no ombro de Kate e voltou para o seu escritório. Kate inclinou-se sobre a mesa e cheirou novamente as rosas antes de mudar a jarra para o canto da mesa.


Começou a examinar o seu correio durante alguns minutos, fingindo não reparar nas flores, até a redação retomar o seu ritmo caótico. Assegurando-se de que ninguém estava olhando, pegou o telefone e ligou para a loja de Jack.

Ian atendeu o telefone.

- Um momento, acho que ele está no escritório. Quem fala, por favor?

- Diga que é alguém que quer marcar umas aulas de mergulho para daqui a duas semanas. - Tentou soar o mais distante possível, não sabendo se Ian estava a par da relação entre eles.
Ian pediu-lhe que aguardasse e seguiu-se um breve momento de silêncio. Depois ouviu um ruído na linha e Jack atendeu.

- Em que posso ajudá-la? - perguntou ele, soando um pouco cansado.

Ela disse simplesmente:

- Não devias ter feito isso, mas adorei.

Ele reconheceu a voz dela, e o seu tom de voz animou-se. - Ei, é voce. Fico satisfeito por saber que elas chegaram. Estavam bem?

- São belas. Como é que sabias que eu adoro rosas?

- Não sabia, mas nunca ouvi falar de uma mulher que não gostasse, por isso arrisquei.

Ela sorriu.

- Então envias rosas a muitas mulheres?

- Milhões. Tenho muitas admiradoras. Os instrutores de mergulho são quase como estrelas de cinema, sabias.

- Não me digas?

- Quer dizer que não sabias? E eu achando que você era apenas mais uma fã.

Ela riu.

- Muito obrigada.

- De nada. Alguém perguntou quem tinha mandado?

Ela sorriu.

- Claro.

- Espero que tenhas dito coisas boas.

- E disse. Disse que tinhas sessenta e oito anos e eras gordo, com um terrível defeito de fala que tornava impossível compreender-te. Mas como tive tanta pena de ti aceitei almoçar contigo. E agora, infelizmente, andas me perseguindo.

- Ei, isso magoa - disse ele. Ele fez uma pausa. - Pois é... espero que as rosas te façam lembrar que estou pensando em ti.

- Talvez - disse ela acanhadamente.

- Bem, estou pensando em ti e não quero que esqueças. Ela olhou para as rosas.

- Igualmente - disse ela baixinho.


Depois de desligarem, Kate permaneceu calmamente sentada durante um momento, pegando de novo no cartão. Voltou a lê-lo, e em vez de o colocar junto às flores, escondeu-o na bolsa. Conhecendo os seus colegas, tinha certeza de que alguém o leria quando ela não estivesse ali.



- Então, como é ele?

Penny estava sentada de frente para Kate à mesa do restaurante. Kate entregou a Penny as fotografias das férias.

- Não sei por onde começar.

Olhando para uma fotografia de Jack e Kate na praia, Penny falou sem olhar para ela.

- Começa do princípio. Não quero perder nada.

Uma vez que Kate já lhe havia contado sobre o seu encontro com Jack nas docas, continuou a sua história a partir do fim de tarde em que foram andar de barco. Contou a Penny como deixara propositadamente o casaco a bordo como pretexto para voltar a vê-lo - ao que Penny respondeu - Perfeito! - passando para o almoço do dia seguinte e finalmente para o jantar. Recapitulando os últimos quatro dias que passaram juntos, ela deixou muito pouco de fora, enquanto Penny escutava com uma atenção arrebatada.

- Parece que tiveste um passeio maravilhoso - disse Penny, sorrindo como uma mãe orgulhosa.

- Tive. Foi uma das melhores semanas que já tive. Só que...

- O quê?

Levou um momento para responder.

- Bem, Jack disse uma coisa para o fim que me pôs a pensar sobre onde tudo isto iria parar a partir daqui.

- O que é que ele disse?

- Não foi apenas o que ele disse, mas como disse. Parecia que não tinha certeza se queria que nos vissemos de novo.

- Pensei que ias a Wilmington outra vez daqui a duas semanas.

- E vou.

- Então qual é o problema?

Ela mexia-se na cadeira irrequieta, tentando concentrar os seus pensamentos.

- Bem, ele ainda está tentando esquecer Sarah e... e não tenho bem certeza se alguma vez ele conseguirá esquecê-la.

Penny riu-se de repente.

- Qual é graça? - perguntou Kate, surpreendida.

- És tu, Kate. O que é que esperavas? Sabias que ele ainda tentava esquecer de Sarah antes de ires. Lembra, foi o seu amor "eterno" que tu achaste tão atraente em primeiro lugar. Achaste que ele iria esquecer-se completamente de Sarah em dois dias, só porque vocês os dois se deram tão bem?

Kate estava com um ar envergonhado e Penny riu-se de novo.

- Pensaste, não pensaste? Foi exatamente isso que pensaste.

- Penny, tu não estavas lá... Não podes imaginar como tudo parecia tão certo entre nós, até à última noite.

A voz de Penny enterneceu-se.

- Kate, eu sei que existe uma parte de ti que acredita que pode mudar uma pessoa, mas a realidade é que não podes. Podes mudar somente a ti e Jack pode mudar a si próprio, mas tu não podes fazer isso por ele.

- Eu sei isso...

- Mas não sabes - disse Penny, interrompendo-a delicadamente. - Ou se sabes, não queres ver dessa maneira. A tua visão, como se costuma dizer, ficou toldada.

Kate pensou durante um momento sobre o que ela tinha dito.

- Vamos olhar objetivamente para o que aconteceu a Jack, está bem? - perguntou Penny.

Kate acenou que sim com a cabeça.

- Embora tu soubesses alguma coisa sobre Jack, ele não sabia absolutamente nada sobre ti. No entanto foi ele que te convidou para passear de barco. Por isso alguma coisa entre vocês deve ter feito logo faísca. Em seguida, viste-o de novo quando foste buscar o teu casaco, e ele te convidou para almoçar. Ele falou de Sarah e depois te convidou para ires a casa dele jantar. Depois disso, passaram quatro dias maravilhosos juntos em que tiveram a oportunidade de se conhecer - e amar - um ao outro. Se tivesses me dito antes de partires que era isso o que iria acontecer, não teria acreditado que fosse possível. Mas aconteceu, é isso que importa. E agora, os dois estão fazendo planos para voltarem a se ver. Ao meu ver, tudo realmente foi maravilhoso.

- Então, queres dizer que não devo me preocupar se ele vai alguma vez esquecer de Sarah ou não?

Penny abanou a cabeça.

- Não exatamente. Mas olha, viva um dia de cada vez. A verdade é que até agora passaram apenas alguns dias juntos. Isso não é tempo suficiente para se tomar uma decisão. Se fosse voce, veria primeiro como é que ambos se sentem durante as próximas duas semanas, e quando estiveres com ele da próxima vez é provável que saibas muito mais do que aquilo que sabes agora.

- Achas que sim? - Kate olhou para a amiga com um ar preocupado.

- Eu tive razão quando insisti para que lá fosses, não tive?


Enquanto Kate e Penny almoçavam, Jack trabalhava no seu escritório por detrás de uma gigantesca pilha de papéis até ao momento em que a porta se abriu. Chris Shepard entrou, certificando-se de que o seu filho estava sozinho antes de fechar a porta. Depois de se sentar na cadeira em frente à mesa de Jack, Chris tirou o tabaco e as mortalhas do bolso e começou a enrolar o seu cigarro.

- Esteja à vontade e sente-se. Como pode ver, não tenho muito que fazer. - Jack apontou para a pilha de papéis.

Chris sorriu.

- Telefonei para ca duas vezes e disseram-me que não tinhas aparecido a semana inteira. Que andas fazendo?

Recostando-se na sua cadeira, Jack olhou para o pai.

- Tenho certeza de que já sabe a resposta da sua pergunta, e essa é provavelmente a razão porque aqui está.

- Estiveste com Kate o tempo todo?

- Sim, estive.

Continuando, Chris perguntou com um ar de indiferença:

- Então, o que é que vocês fizeram?

- Fomos andar de barco, passear na praia, conversamos... Sabe, apenas nos conhecendo melhor.

Chris acabou de enrolar o seu cigarro e pô-lo na boca. Tirou um isqueiro do bolso da camisa, acendeu o cigarro, e inalou profundamente. Exalando, mostrou a Jack um sorriso maroto.

- Grelhaste os bifes como eu te ensinei?

Jack fez um sorriso tolo.

- Claro.

- Ela ficou impressionada?

- Ficou muito impressionada.

Chris acenou com a cabeça e tragou novamente. Jack podia sentir o ar no escritório começar a ficar viciado.

- Então ela tem pelo menos uma boa qualidade, não é?

- Tem muito mais do que uma, pai.

- Gostaste dela, não gostaste?

- Muito.

- Mesmo apesar de não a conheceres muito bem?

- Sinto como se soubesse tudo sobre ela.

Chris acenou com a cabeça e nada disse por um momento. Por fim, perguntou:

- Vais voltar a vê-la?

- Na verdade, ela volta daqui a duas semanas com o filho. Chris observou com atenção a expressão de Jack. Depois, levantou-se e caminhou para a porta. Antes de a abrir, voltou-se e olhou para o filho.

- Jack, posso te dar um conselho?

Surpreendido com a partida abrupta do pai, respondeu:

- Claro.

- Se gostas dela, se ela te faz feliz, se sentes como se a conhecesses, então não a deixes partir.

- Porque estás dizendo isso?

Chris olhou diretamente para Jack e deu outro trago no seu cigarro.

- Porque se eu te conheço, vais ser voce a terminar com a relação, e eu estou aqui para tentar impedir se for possível.

- De que é que estás falando?

- Sabes exatamente do que estou falando - disse ele baixinho. Dando meia volta, Chris abriu a porta e deixou o escritório de Jack sem mais uma palavra.

Mais tarde nessa noite, com os restos dos comentários do pai a rolarem na sua cabeça, Jack acabou por não conseguir dormir. Levantou-se da cama e foi até à cozinha, sabendo o que precisava de ser feito. Na gaveta, ele encontrou o papel e a caneta que sempre usava quando a sua mente estava em conflito, e sentou-se com a esperança de pôr os seus pensamentos em palavras.

Dear Sarah, Não sei o que está acontecendo, e não sei se alguma vez saberei. Aconteceu tanta coisa ultimamente que não consigo entender aquilo por que estou passando.


Jack ficou sentado à mesa durante uma hora depois de ter escrito aquelas primeiras duas linhas, e por mais que tentasse, não conseguia pensar em mais nada para escrever.


Quando acordou na manhã seguinte, ao contrário da maioria dos outros dias, o seu primeiro pensamento não foi para Sarah.


Foi para Kate.


CONTINUA...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Um novo projeto em analise (Jate claro!)

Girls,



a cabecinha da sua amiga ervilha esta cheia de ideias e para isso gostaria de ter a opinião de vcs sobre algo. Afinal, vcs me inspiram para escrever...


não sei se todas estão familiarizadas com um tipo de fic chamada de "Crossover".


Trata-se de uma fic onde misturamos personagens e historias de 2 series diferentes...então tenho uma ideia de escrever uma historia Jate ambientada em Seattle.


Isso msm! Fic AU de Jate e Greys - sim pq nada de mitologia de LOST apenas nosso OTP e o pessoal do Seattle Grace.


Please me dêem uma luz! Vcs gostariam? Sejam sinceras! Aceito "Não" como resposta...e don't worry o q não faltam são ideias...


bjsss =)

INCANCELLABILE - Cap 20

San Sebastian
9h




Jack Shepard caminhava pelos corredores do hospital rumo a sala de cirurgia com um sorriso estampado no rosto. Por mais que houvessem motivos de sobra em um hospital para manter a seriedade, ele nao conseguia esconde-lo do rosto.



Ao entrar na sala de cirurgia, Desmond que havia chamado-o para uma consulta nao surpreendeu-se com as primeiras palavras do amigo:


- Bom dia a todos! E um belo dia para salvar vidas!


- Hum, alguem realmente se deu bem ontem...sussurou um Desmond risonho para Jack.


- Ah, sim...vamos trabalhar?




Studios da ABC

11h



Kate estava debrucada no notebook cantalorando baixinho uma cancao que expressava o que fora a noite passada, quando o telefone a tira do seu devaneio da noite passada.


- Sim?


- Kate, e a Claire. Tem uma pessoa querendo falar com voce, diz que e importante.

- E reporter de alguma revista?

- Nao, foi a primeira coisa que ela falou.

- Ela se identificou?


- Ah sim, chama-se Cassidy Smith.



Kate ficou muda ao telefone.




- Kate? Hey...Kate?


Ainda em choque, respondeu:


- Deixe ela entrar.


"O que aquela mulher estava fazendo ali?"




Kate procurou o celular e comecava a discar o numero de Jack quando Claire abriu a porta da sala deixando Cassidy entrar. Ela percebeu o que Kate estava fazendo.



- Espere, nao faca isso. Apenas me escute.Por favor...



Kate olhava para ela e para o celular. Parecia loucura mas colocou-o sobre a mesa novamente e fez sinal para ela sentar. Ficaram se encarando por alguns segundos sem dizer uma palavra,finalmente Cassidy criou coragem.


- Pela sua reacao voce ja deve saber quem sou.

- Infelizmente.


- Entao eu peco que me ouca, depois voce pode fazer o que quiser.


- Va em frente. Kate tentava se controlar para nao avancar na mulher a sua frente.


Cassidy contou entao como tudo aconteceu, o plano, o golpe, qual era o montante de dinheiro envolvido, a ganancia de Sawyer quando ela se tornara famosa,como o divorcio antecipou as coisas e finalmente a confissao de que Kate havia sido vitima de um crime, Sawyer pensa que ela esta morta.



A raiva ia consumindo Kate cada vez mais.


- Porque eu? Odio?


- Por prazer e por dinheiro, isso e o combustivel dele.E eu fui idiota o suficiente para nao perceber que ele iria fazer o mesmo comigo.


- Porque me procurou, Cassidy? Voce sabe que eu vou te entregar a policia.Porque se deu ao trabalho de vir atras de mim? Voce e cumplice dele!


- Eu a vi no jornal. Tomei um susto, pensei que estivesse morta. E entao voce disse aquelas palavras. Voce me fez sentir tao baixa, tao humilhada, tao triste. Eu simplesmente nao conseguiria viver carregando essa culpa, nao quando me tornei vitima como voce. Eu estava gravida,Kate. Sawyer se livrou de mim me dopando.


Kate arregalou os olhos diante do fato novo. Cassidy tentava conter as lagrimas.


- Ele matou o meu filho, Kate e me roubou a chance de ser feliz. Nao quero que ele seja o unico vencedor dessa historia. Nao seria justo com voce, comigo e nem com meu bebe. Quero ve-lo pagar mesmo que para isso eu me sacrifique tambem.


Kate nao sabia o que dizer, aquela avalanche despejada sobre ela a deixou zonza. "Assassino" duplamente vil. Tremia de raiva. Respirou fundo e tornou a olhar para Cassidy que limpava as lagrimas do rosto.


- Eu sinto muito pelo seu bebe.


- Obrigada, Kate. Meu pedido de desculpas nao e suficiente, eu sei. Mas espero que voce entenda porque eu fiz isso, estava cega, surda e muda. Estava apaixonada. Nao escolhemos por quem nos apaixonamos e voce sabe disso.


- Cassidy, eu nao quero falar disso. Eu quero apenas que venha comigo ao FBI.


- Ok.


Em silencio, deixaram a sala.



FBI HQ

Los Angeles




Ana Lucia estava ao telefone com a policia de Paris discutindo sem sucesso em conseguir informacoes. Batidas na porta, a fizeram desviar o olhar e ficou surpresa ao ver Kate ali. Fez um sinal para ela esperar um minuto e tratou de despachar o telefonema. Levantando-se caminhou ate a sala ao lado para conversar.



- Kate nao esperava ve-la assim... ela ficou muda ao dar de cara com Cassidy.

- Acho que voce nao precisa mais procurar em Paris,Ana.

- Onde voce encontrou essa pilantra?


Ana Lucia apertava as maos para conter a vontade de avancar na mulher.

- Quero que voce ouca o que ela tem a dizer. Finalmente teremos provas pra incriminar Sawyer.


- Ok, vamos sua inutil, me acompanhe ate a sala de interrogatorio. Kate, voce pode assistir do lado de fora. Avisou ao Jack?


- Sim, passei uma mensagem pra ele. Deve estar a caminho.


Ana se trancou na sala com Cassidy e ali ela repetiu a historia contada a Kate.


Jack chegou ao FBI, quando Ana fazia perguntas sobre a ida a Nova York. Cassidy revelou tudo inclusive como Sawyer forjara o atestado de obito com a ajuda da propria Kate sem que a mesma soubesse.


Cassidy revelou que ainda trazia com ela as senhas do banco que usara para a transferencia do dinheiro e os cartoes das contas em NY e Paris. Ana chegara a mesma pergunta de Kate porem ja antecipando a resposta.


- Porque? Por prazer?


- Puro e simples. Ele vive disso. E eu fui burra o bastante pra deixar me envolver.


- Ele a deixou?


- Sim, e levou todo o dinheiro e toda a minha esperanca. Ele matou o meu filho.


- Como e que e?


- Estava gravida.



Ana parou para diluir a informacao. Ela sabia que o fato de Cassidy se apresentar para depor confirmando sua participacao no golpe tornava a investigacao mais facil e certamente reduziria a pena dela. Mas Ana precisava de mais informacoes.

- Voce nao saberia onde Sawyer esta e qual o seu proximo plano, saberia?

- Tudo que sei e que ele ja tem uma nova vitima em Paris e deve estar comecando a caca ao tesouro. Nao se enganem. Voces nao irao encontra-lo atraves do nome Sawyer. Ele provavelmente ja deve ter uma identidade francesa.

- Isso e tudo?


- Creio que sim.


- Ok, vou pedir ao meu parceiro para indicia-la. Voce esta presa, Cassidy.


Ana deixou a sala e foi ao encontro de Jack e Kate.


- Incrivel, nao? Como uma pessoa se deixa levar por um canalha desses?


- Eu tenho pena dela.

- Pena, Kate? Depois de tudo que ela aprontou com voce? Voce poderia ter morrido!

- Mas nao morri. Ela perdeu tudo, dinheiro,o homem que amava, um filho, ela perdeu a vontade de viver.


Jack e Ana se olharam surpresos. Nao tinham o que contestar.

- Bem, agora vou recolher todas as provas possiveis e vou atras da possivel vitima do Sawyer.


- Ana, voce acha que conseguira resolver esse caso?


- Jack, isso e questao de honra agora, como profissional mas principalmente como mulher. Agradeco pela ajuda, assim que descobrir algo aviso voces.

- Obrigada.


Os dois deixaram o predio do FBI de maos dadas.




CONTINUA...






PS: Roubei uma frase de Greys ...kkk...de outro medico maravilhoso =P