quinta-feira, 22 de maio de 2008

INCANCELLABILE - Cap 28

Momentos finais...divirtam-se!



INCANCELLABILE - Cap. 28




Los Angeles
Forum Federal
9h



O burburinho a frente do forum era intenso.Varias cameras de tvs, reporteres e fotografos se amontoavam querendo flagar momentos desse julgamento, afinal trata-se de uma figura publica.


Kate Austen tinha a admiracao de todos os colegas de profissao.







Ela estava calma. Ao seu lado, Jack segurava a sua mao a conduzindo ate a entrada do tribunal.


Kevin vinha na frente, tentando dispersar os reporteres e suas perguntas.

O tribunal estava relativamente cheio. O fato de ter sido, gracas a influencia de Ana Lucia no FBI, levado a juri popular deixava o caso ainda mais interessante.

Antes de iniciar a sessao, Kevin repassou os ultimos detalhes com Kate.


Sabia que nao seria nada facil estar na presenca de Sawyer mais uma vez, especialmente tendo que depor e remexendo na ferida. Jack procurou nao interferir na conversa dos dois.


Estava ali para dar apoio a Kate somente, porque se fosse fazer qualquer coisa por certo partiria pra cima daquele infeliz sem do nem piedade.

O julgamento estava marcado para as 10h e faltando 10 minutos, Jack a puxou para um canto.


Ele beijou-a levemente e deixou testa com testa enquanto massageava a nuca dela. Por fim, voltou a encara-la. Sorriu. Percebeu que ela estava tensa.

- It's gonna be alright...you can do this...and I'll be here by your side.

Ela meneou a cabeca e sorriu.

- Adoro voce...

Kevin fez um sinal. Estava na hora.

Todos estavam sentados esperando.

- De pe.

O juiz entra imponente. Apos acomodar-se deseja bom dia a todos e ordena:

- Tragam o reu.


Kate suspirou ao ver Sawyer entrando no tribunal escoltado. Sentiu Jack apertar sua mao. Ele estava a seu lado.


- Caso Austen. O Estado contra James Sawyer. O reu e acusado de fraude,identidade falsa, roubo e tentativa de homicidio culposo em 1o grau. Esta ciente desses termos Sr. Sawyer?


- Sim.


- E como o senhor se declara?


- Inocente.

Burburinho no tribunal.

- Ordem! O advogado de defesa tem provas a anexar ao caso que comprovem a declaracao?

- Sim, Meritissimo. A defesa tem alguns documentos que gostaria de colocar como evidencias do caso.

O advogado de Sawyer levantou-se e entregou um envelope para o juiz.

- Promotoria?

- Apenas a lista de testemunhas que cooperarao nesse caso. As demais provas encontram-se com o FBI.

O Juiz passou a vista nos documentos e mandou entregar o material ao lider do juri.

- Iniciemos. Dr.Smith.


- A promotoria chama a testemunha Desmond Hume.

Desmond dirige-se ao banco e apos o juramento, Kevin se aproxima do banco.

- Dr. Hume, o senhor era medico de plantao na noite em que a minha cliente Kate Austen deu entrada no hospital San Sebastian?

- Nao, na verdade estava de sobre aviso. Quem atendeu a Srta. Austen foi meu colega cirurgiao Dr. Shepard e logo me contactou para que eu retornasse ao hospital.

- O senhor pode descrever qual o quadro da paciente?

- Ela chegou desacordada e ensanguentada. Tinha um corte profundo na coxa direita e um ferimento a bala no ombro esquerdo. Ela perdeu muito sangue e teve que ir imediatamente a sala de cirurgia apos uma parada cardiaca. Ao examinar o ferimento, percebi que havia varios pedacos de vidro e a possibilidade de infeccao era enorme. Dr. Shepard trabalhava na retirada da bala. O local onde a mesma se alojara era perigoso. Um movimento em falso e ela perderia os movimentos do braco, os nervos estavam afetados.

- O senhor diria que a intencao do tiro foi calculada? Para matar?

- Acredito que a intencao era matar e talvez o tiro nao fosse naquele lugar porem isso ocorreu porque a vitima lutou.Ela chegou ali entre a vida e a morte. Alem disso, permaneceu desacordada por um bom tempo o que nos levou a constatar um tumor no cerebro consequencia de uma queda provavelmente pelo impacto do tiro. Ela teve que passar por uma cirurgia de emergencia para retirada de um aneurisma.

- Entao, quais eram as chances de sobrevivencia?

- Minimas, na verdade se ela tivesse demorado mais 5 minutos para receber socorro, certamente nao teria resistido.

- Obrigada,Dr. Sem mais perguntas.

- A defesa gostaria de interrogar a testemunha?

- Nao, obrigado.

Desmond foi entao dispensado.

Antes de prosseguir com o julgamento, o juiz fez algumas observacoes.

- Gostaria de enfatizar aos membros do juri que todos os aspectos aqui levantados devem ser analisados a luz da justica e da lei. De acordo com o documento do caso em minhas maos teremos mais duas testemunhas e depois o fechamento dos representantes legais. Entao por favor jurados, sejam asertivos. Vamos prosseguir.



- A promotoria chama Cassidy Smith.



Cassidy entrou no tribunal por uma porta lateral acompanhada de uma policial.Estava abatida. Ao sentar-se no banco,ela viu Sawyer pela primeira vez apos o sumico.


- Jura dizer a verdade, nada alem da verdade?


- Sim.

O promotor se aproximou do banco.

- Srta. Smith, poderia nos dizer de onde conhece o acusado?

- Eu o conheci a uns cinco anos. Nos namoramos por um tempo e foi quando descobrir com o que ele trabalhava.Ele e um golpista. Procurava mulheres indefesas ou com maridos ricos para aplicar golpes milionarios.

- E depois de saber do que ele era capaz, presumo que voce tenha terminado qualquer relacionamento com ele?


- Nao exatamente. Eu me senti mais atraida por ele, o lance dos golpes parecia tao instigante...eu pedi para ele me ensinar como fazia.


- Entao, voce se considera tambem uma golpista?


- Nao, sou mais uma ajudante.Sawyer e o expert aqui.

- E quando se separou dele? Antes do golpe da Srta.Austen?

- Nao, um pouco antes por causa de outro golpe mas no fundo sempre mantivemos contato ate ele finalmente pedir minha ajuda para enganar a Kate.

- Que voce aceitou?

- Sim, aceitei por ama-lo. As pessoas fazem coisas estupidas quando amam. Mas eu me arrependi e procurei a policia.

- Se arrependeu?

- Ele me deixou sem qualquer dinheiro e tentou me envenenar.

O tribunal ficou em polvorosa. Todos comentavam e xingavam Sawyer abertamente. Cassidy finalmente conseguira a aprovacao das pessoas.

- Protesto!

- Negado.

- A senhorita nao respondeu minha pergunta.


- Sim, me arrependi.


- Sem mais perguntas, Meritissimo.

O advogado de Sawyer aproximou-se do banco. Kevin sorriu para Kate.Tudo estava caminhando muito bem.

- Srta.Smith, voce conhecia a vitima?


- Bem, alem dela ser uma figura publica e de algumas coisas que Sawyer me contava nao, nunca havia ficado cara a cara com ela.


- E a senhorita diria que desenvolveu uma certa simpatia pela Srta. Austen quando resolveu ir a policia?


- E, poderia dizer que sim. Ela foi a vitima, eu nao a odiava afinal o marido dela estava comigo nao? Mas somente depois do que aconteceu em Paris foi que a minha ficha caiu.Eu fui usada tambem porem eu achava que Kate estava morta.


- Voces viraram amigas entao, apos descobrir que ela nao morreu?


- Protesto! Ele esta querendo insinuar coisas erradas sobre a minha cliente.


- Negado, prossiga. Responda a pergunta.


- Nao somos amigas. Eu vi Kate na tv e depois de ouvir seu testemunho decidi ir a policia.


- Mudou de lado entao?

- E, pode-se dizer que sim.

- Voce sabe que e culpada nessa historia, certo?


- Sei exatamente o que fiz mas Sawyer e muito mais culpado que eu. Ele quis mata-la.Eu sabia que iria presa quando procurei Kate mas nao ia deixar ele impune, principalmente depois do que ele fez comigo.


- Quanto a Srta. Austen ofereceu a voce para confessar?


- Protesto!

- Nada! Ela nao me ofereceu nada! Eu fui procura-la porque quis. Nao, adianta tentar culpa-la,o que Sawyer fez e irreversivel.


- Eu encerro, meritissimo.

Sawyer deu um murro na mesa. Estava com muita raiva e do jeito que as coisas iam so tinha um destino pra ele.O advogado sussurou:

- Tenha calma. Vamos ter a chance de virar o jogo. Deixe ela ir ao banco.


Cassidy foi retirada do tribunal mas antes acenou para Kate. Antes de sair, ela virou-se e seus olhos encontraram o de Sawyer.


Cassidy arrepiou-se e desviou o olhar. Odio, era tudo que pode sentir vindo dele.


O juiz voltou a suas anotacoes e dirigiu-se a Kevin.


- Acredito que tenhamos apenas mais uma testemunha essa manha.


- Sim, podemos prosseguir?


O juiz concordou.

- A promotoria chama Katherine Austen.









CONTINUA...

Nenhum comentário: