Momentos finais...divirtam-se!
INCANCELLABILE - Cap. 28
Los Angeles
Forum Federal
9h
O burburinho a frente do forum era intenso.Varias cameras de tvs, reporteres e fotografos se amontoavam querendo flagar momentos desse julgamento, afinal trata-se de uma figura publica.
Kate Austen tinha a admiracao de todos os colegas de profissao.
Ela estava calma. Ao seu lado, Jack segurava a sua mao a conduzindo ate a entrada do tribunal.
Kevin vinha na frente, tentando dispersar os reporteres e suas perguntas.
O tribunal estava relativamente cheio. O fato de ter sido, gracas a influencia de Ana Lucia no FBI, levado a juri popular deixava o caso ainda mais interessante.
Antes de iniciar a sessao, Kevin repassou os ultimos detalhes com Kate.
Sabia que nao seria nada facil estar na presenca de Sawyer mais uma vez, especialmente tendo que depor e remexendo na ferida. Jack procurou nao interferir na conversa dos dois.
Estava ali para dar apoio a Kate somente, porque se fosse fazer qualquer coisa por certo partiria pra cima daquele infeliz sem do nem piedade.
O julgamento estava marcado para as 10h e faltando 10 minutos, Jack a puxou para um canto.
Ele beijou-a levemente e deixou testa com testa enquanto massageava a nuca dela. Por fim, voltou a encara-la. Sorriu. Percebeu que ela estava tensa.
- It's gonna be alright...you can do this...and I'll be here by your side.
Ela meneou a cabeca e sorriu.
- Adoro voce...
Kevin fez um sinal. Estava na hora.
Todos estavam sentados esperando.
- De pe.
O juiz entra imponente. Apos acomodar-se deseja bom dia a todos e ordena:
- Tragam o reu.
Kate suspirou ao ver Sawyer entrando no tribunal escoltado. Sentiu Jack apertar sua mao. Ele estava a seu lado.
- Caso Austen. O Estado contra James Sawyer. O reu e acusado de fraude,identidade falsa, roubo e tentativa de homicidio culposo em 1o grau. Esta ciente desses termos Sr. Sawyer?
- Sim.
- E como o senhor se declara?
- Inocente.
Burburinho no tribunal.
- Ordem! O advogado de defesa tem provas a anexar ao caso que comprovem a declaracao?
- Sim, Meritissimo. A defesa tem alguns documentos que gostaria de colocar como evidencias do caso.
O advogado de Sawyer levantou-se e entregou um envelope para o juiz.
- Promotoria?
- Apenas a lista de testemunhas que cooperarao nesse caso. As demais provas encontram-se com o FBI.
O Juiz passou a vista nos documentos e mandou entregar o material ao lider do juri.
- Iniciemos. Dr.Smith.
- A promotoria chama a testemunha Desmond Hume.
Desmond dirige-se ao banco e apos o juramento, Kevin se aproxima do banco.
- Dr. Hume, o senhor era medico de plantao na noite em que a minha cliente Kate Austen deu entrada no hospital San Sebastian?
- Nao, na verdade estava de sobre aviso. Quem atendeu a Srta. Austen foi meu colega cirurgiao Dr. Shepard e logo me contactou para que eu retornasse ao hospital.
- O senhor pode descrever qual o quadro da paciente?
- Ela chegou desacordada e ensanguentada. Tinha um corte profundo na coxa direita e um ferimento a bala no ombro esquerdo. Ela perdeu muito sangue e teve que ir imediatamente a sala de cirurgia apos uma parada cardiaca. Ao examinar o ferimento, percebi que havia varios pedacos de vidro e a possibilidade de infeccao era enorme. Dr. Shepard trabalhava na retirada da bala. O local onde a mesma se alojara era perigoso. Um movimento em falso e ela perderia os movimentos do braco, os nervos estavam afetados.
- O senhor diria que a intencao do tiro foi calculada? Para matar?
- Acredito que a intencao era matar e talvez o tiro nao fosse naquele lugar porem isso ocorreu porque a vitima lutou.Ela chegou ali entre a vida e a morte. Alem disso, permaneceu desacordada por um bom tempo o que nos levou a constatar um tumor no cerebro consequencia de uma queda provavelmente pelo impacto do tiro. Ela teve que passar por uma cirurgia de emergencia para retirada de um aneurisma.
- Entao, quais eram as chances de sobrevivencia?
- Minimas, na verdade se ela tivesse demorado mais 5 minutos para receber socorro, certamente nao teria resistido.
- Obrigada,Dr. Sem mais perguntas.
- A defesa gostaria de interrogar a testemunha?
- Nao, obrigado.
Desmond foi entao dispensado.
Antes de prosseguir com o julgamento, o juiz fez algumas observacoes.
- Gostaria de enfatizar aos membros do juri que todos os aspectos aqui levantados devem ser analisados a luz da justica e da lei. De acordo com o documento do caso em minhas maos teremos mais duas testemunhas e depois o fechamento dos representantes legais. Entao por favor jurados, sejam asertivos. Vamos prosseguir.
- A promotoria chama Cassidy Smith.
Cassidy entrou no tribunal por uma porta lateral acompanhada de uma policial.Estava abatida. Ao sentar-se no banco,ela viu Sawyer pela primeira vez apos o sumico.
- Jura dizer a verdade, nada alem da verdade?
- Sim.
O promotor se aproximou do banco.
- Srta. Smith, poderia nos dizer de onde conhece o acusado?
- Eu o conheci a uns cinco anos. Nos namoramos por um tempo e foi quando descobrir com o que ele trabalhava.Ele e um golpista. Procurava mulheres indefesas ou com maridos ricos para aplicar golpes milionarios.
- E depois de saber do que ele era capaz, presumo que voce tenha terminado qualquer relacionamento com ele?
- Nao exatamente. Eu me senti mais atraida por ele, o lance dos golpes parecia tao instigante...eu pedi para ele me ensinar como fazia.
- Entao, voce se considera tambem uma golpista?
- Nao, sou mais uma ajudante.Sawyer e o expert aqui.
- E quando se separou dele? Antes do golpe da Srta.Austen?
- Nao, um pouco antes por causa de outro golpe mas no fundo sempre mantivemos contato ate ele finalmente pedir minha ajuda para enganar a Kate.
- Que voce aceitou?
- Sim, aceitei por ama-lo. As pessoas fazem coisas estupidas quando amam. Mas eu me arrependi e procurei a policia.
- Se arrependeu?
- Ele me deixou sem qualquer dinheiro e tentou me envenenar.
O tribunal ficou em polvorosa. Todos comentavam e xingavam Sawyer abertamente. Cassidy finalmente conseguira a aprovacao das pessoas.
- Protesto!
- Negado.
- A senhorita nao respondeu minha pergunta.
- Sim, me arrependi.
- Sem mais perguntas, Meritissimo.
O advogado de Sawyer aproximou-se do banco. Kevin sorriu para Kate.Tudo estava caminhando muito bem.
- Srta.Smith, voce conhecia a vitima?
- Bem, alem dela ser uma figura publica e de algumas coisas que Sawyer me contava nao, nunca havia ficado cara a cara com ela.
- E a senhorita diria que desenvolveu uma certa simpatia pela Srta. Austen quando resolveu ir a policia?
- E, poderia dizer que sim. Ela foi a vitima, eu nao a odiava afinal o marido dela estava comigo nao? Mas somente depois do que aconteceu em Paris foi que a minha ficha caiu.Eu fui usada tambem porem eu achava que Kate estava morta.
- Voces viraram amigas entao, apos descobrir que ela nao morreu?
- Protesto! Ele esta querendo insinuar coisas erradas sobre a minha cliente.
- Negado, prossiga. Responda a pergunta.
- Nao somos amigas. Eu vi Kate na tv e depois de ouvir seu testemunho decidi ir a policia.
- Mudou de lado entao?
- E, pode-se dizer que sim.
- Voce sabe que e culpada nessa historia, certo?
- Sei exatamente o que fiz mas Sawyer e muito mais culpado que eu. Ele quis mata-la.Eu sabia que iria presa quando procurei Kate mas nao ia deixar ele impune, principalmente depois do que ele fez comigo.
- Quanto a Srta. Austen ofereceu a voce para confessar?
- Protesto!
- Nada! Ela nao me ofereceu nada! Eu fui procura-la porque quis. Nao, adianta tentar culpa-la,o que Sawyer fez e irreversivel.
- Eu encerro, meritissimo.
Sawyer deu um murro na mesa. Estava com muita raiva e do jeito que as coisas iam so tinha um destino pra ele.O advogado sussurou:
- Tenha calma. Vamos ter a chance de virar o jogo. Deixe ela ir ao banco.
Cassidy foi retirada do tribunal mas antes acenou para Kate. Antes de sair, ela virou-se e seus olhos encontraram o de Sawyer.
Cassidy arrepiou-se e desviou o olhar. Odio, era tudo que pode sentir vindo dele.
O juiz voltou a suas anotacoes e dirigiu-se a Kevin.
- Acredito que tenhamos apenas mais uma testemunha essa manha.
- Sim, podemos prosseguir?
O juiz concordou.
- A promotoria chama Katherine Austen.
CONTINUA...
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