A tardinha Jack levou Kevin a locadora para alugarem dois filmes que ele queria ver e encomendou pizza para os três.
Viram o primeiro filme juntos, comendo na sala. Depois do jantar Kevin começou lentamente a murchar. às nove horas estava já adormecido em frente ao televisor. Kate cutucou-o gentilmente, dizendo que era hora deles irem embora.
- Não podemos dormir aqui esta noite? - resmungou ele, apenas meio consciente.
- Acho que devíamos ir embora - disse ela baixinho.
- Se quiserem, podem dormir os dois na minha cama - ofereceu Jack. - Eu fico aqui e durmo no sofá.
- Vamos fazer isso, mãe. Estou mesmo cansado.
- Tens certeza? - perguntou ela, mas Kevin já começara a cambalear em direção ao quarto.
Ouviram as molas chiar quando Kevin caiu pesadamente sobre a cama de Jack. Seguindo-o, eles espreitaram para dentro do quarto. Kevin tinha voltado a adormecer num instante.
- Acho que ele não te deu muita escolha - sussurrou Jack.
- Ainda não tenho certeza se é uma boa ideia.
- Eu serei um cavalheiro exemplar, prometo.
- Não estou preocupada contigo, só não quero que Kevin fique com a impressão errada.
- Queres dizer que não queres que ele saiba que nós gostamos um do outro? Eu acho que ele já sabe isso.
- Sabes o que eu quero dizer.
- Sim, eu sei. - Ele encolheu os ombros. - Olha, se queres que te ajude a levá-lo para o carro, terei muito prazer em fazê-lo.
Ela olhou para Kevin durante um momento, escutando a sua respiração profunda e constante. Parecia estar morto para o mundo.
- Bem, talvez uma noite não faça mal - cedeu ela, e Jack piscou o olho.
- Esperava que dissesses isso.
- Agora não te esqueças da tua promessa de ser um cavalheiro exemplar.
- Não esqueço.
- Pareces estar muito certo quanto a isso.
- Ei... uma promessa é uma promessa.
Ela fechou a porta com cuidado e pôs os braços à volta do pescoço de Jack. Ela beijou-o, mordendo-lhe o lábio na brincadeira.
- É bom que assim seja, porque se dependesse apenas de mim, não sei se seria capaz de me controlar.
Ele fez uma careta.
- Sabes mesmo tornar as coisas difíceis para um homem, não sabes?
- Quer dizer que pensas que eu sou uma aproveitadora?
- Não - disse ele baixinho. - Quer dizer que te acho perfeita.
Em vez de verem o segundo filme, Jack e Kate sentaram-se no sofá, bebendo vinho e conversando. Kate foi espreitar Kevin algumas vezes, para se certificar de que ele ainda estava dormindo. Ele parecia nem ter se mexido.
Por volta da meia-noite Kate bocejava incessantemente, e Jack sugeriu que fosse dormir.
- Mas eu vim cá para te ver - protestou ela sonolenta.
- Mas se não fores dormir, vais me ver todo desfocado.
- Eu estou bem, de verdade - disse ela antes de bocejar de novo. Jack levantou-se e foi até à despensa. Tirou de lá um lençol, um cobertor e uma almofada e trouxe-os para o sofá.
- Eu insisto. Vai tentar dormir um pouco. Temos os próximos três dias para estar um com o outro.
- Tens certeza?
- Absoluta.
Ela ajudou Jack a preparar o sofá e foi para o quarto. - Se não quiseres dormir com a tua roupa, há algumas camisolas na segunda gaveta - disse ele.
Ela ajudou Jack a preparar o sofá e foi para o quarto. - Se não quiseres dormir com a tua roupa, há algumas camisolas na segunda gaveta - disse ele.
Ela beijou-o de novo.
- Tive um dia maravilhoso hoje - disse ela.
- Também eu.
- Desculpa estar tão cansada.
- Fizeste muitas coisas hoje. É perfeitamente compreensível.
Com os braços entrelaçados, ela sussurrou no ouvido dele:
- É sempre assim tão fácil conviver contigo?
- Faço o possível.
- Bem, estás sendo maravilhoso.
Algumas horas mais tarde Jack acordou com a sensação de que alguém tocava as costelas.
Abrindo os olhos, viu Kate sentada a seu lado. Ao inves da camisola, ela tinha vestido uma das camisas dele.
- Estás bem? - perguntou ele, sentando-se.
- Estou bem - sussurrou ela, acariciando-lhe o braço.
- Que horas são?
- Três e pouco.
- O Kevin ainda dorme?
- Como uma pedra.
- Posso saber porque saiu da cama?
- Tive um sonho e não consegui voltar a dormir.
Ele esfregou os olhos.
- Sonhou com o quê?
- Contigo - disse ela baixinho.
- Era um sonho bom?
- Oh, sim... Não terminou.
Inclinou-se para o beijar no peito, e Jack puxou-a para junto de si lançando um olhar para a porta do quarto de dormir. Ela a tinha fechado.
- Não estás preocupada com Kevin? - perguntou ele.
- Um pouco, mas vou confiar em ti para seres o mais silencioso possível.
Ela meteu a mão por baixo do cobertor e passou os dedos pela barriga dele. O toque dela era elétrico.
- Tens certeza?
- Hen-hen! - disse ela.
Ela continuou o passeio pelo torax dele, tirou a camisa e finalmente deitou-se sobre ele.
O calor ja tomava conta dos corpos ansiosos separados por semanas de espera. Ele a beijava tao carinhosamente que Kate soltava alguns gemidos baixinho. Ela voltou a intensificar o beijo mordiscando o labio inferior. Ele quebrou o beijo e manteve o olhar. Guiou-a para por fim sentirem-se um so novamente.
Fizeram amor ternamente, silenciosamente, e depois ficaram deitados ao lado um do outro.
Durante muito tempo, nenhum dos dois falou. Quando o mais ténue sinal de luz começou a aparecer no horizonte, despediram-se com um beijo e ela voltou para o quarto. Poucos minutos depois dormia profundamente, e Jack observava-a através do vão da porta.
Por alguma razão, foi impossível adormecer de novo.
CONTINUA...
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