Na cafeteria ele pediu um expresso para ele e um capuccino para ela alem de dois quiches,um de peru defumado e outro de queijo. Assim que chegou, ele resolveu puxar conversa.
- Sente-se melhor?
- Um pouco, obrigada.
- Voce ainda quer o perdao dela?
- Nao, ela deixou escrito no testamento que me perdoa.
- O que voce fez? Nao precisa me dizer se nao quiser.
Kate olhou para ele, por mais que tivesse medo ela contaria. Nao queria mentir para ele.
- Espero que nao me entenda mal. Eu matei meu padrasto. Em minha defesa e da minha mae. Ele bebia muito e batia e abusava dela. Eu nao suportava ver aquilo. Mas ela o amava e por isso me dedurou pra policia.
- Ela o que? Jack se espantou nao pelo ato mas pela coincidencia. Ele denunciara o pai para o conselho de medicina.
- Isso mesmo, ela achava que eu deveria ser presa, eu achava que agira certo. Entao fugi. Vaguei por varias cidades, tive varios nomes, tentei viver mas tinha um marshal na minha cola. Fui para Sidney e la finalmente ele me capturou.
- O cara ao seu lado no aviao...
Kate balancou a cabeca concordando.
- Fiquei presa por dois meses e na vespera do julgamento minha mae retirou a queixa. Eu paguei minha divida.
Jack permaneceu calado a fitando. Kate tomou um gole do cafe.
- Eu entendo se nao quiser mais ficar aqui ou me ver.
- Porque faria isso? Eu entendi o que aconteceu.
Ele sorriu e ela sorriu de volta.
- Vamos, coma seu quiche. Tenho uma desconfianca de que voce e vegetariana.
- E sou!
Por algum tempo eles apenas se concentraram em comer. Terminado o lanche, Jack chamou a garconete e pediu a conta. Deixaram o lugar e Jack perguntou.
- Quer carona pra casa?
- Nao, tudo bem. Eu pego um taxi.
- De jeito nenhum! Eu insisto.
Ele caminhou ate o carro e abriu a porta pra ela. Nenhum dos dois falou muito no caminho alem da indicacao de direcao para o apartamento de Kate. Jack parou em frente a um predio modesto.
- Pronto, esta em casa.
- Obrigada, Jack. Por tudo.
- Vai ficar bem?
Ela o olhou intensamente, depois desviou o olhar para as maos que repousavam sobre suas pernas.
- Eu sinto muito por ter te beijado.
Isso era a deixa que Jack queria, ele olhou para ela e sorriu.
- I'm not...
Ela encontrou o olhar dele, Jack inclinou-se para ela e seus labios se uniram. Dessa vez o beijo foi terno, carinhoso. Jack ppedia permissao para entrar naquela boca. Ela separou os labios e sentiu a lingua dele na sua. Jack a puxou para si. Tudo era tao certo, claro, perfeito. Ela explorava a boca dele e por vezes mordiscou o labio dele. Ofegante, ela quebrou o beijo.
Jack acariciou o rosto dela. Pegou a mao dela e levou ate seus labios a beijando.
- Pode parecer estranho mas voce aceita ficar comigo? Ser minha namorada?
- So se voce me levar para jantar, um encontro.
- E claro. Amanha?
- Certo. Boa noite.
Ela sai do carro e fecha a porta. Toca o vidro com a unha e Jack o abaixa.
- Hey, eu ja sou sua namorada seu bobo.
Ele abriu o sorriso.
- Durma bem Kate.
Ela jogou um beijo no ar para ele e entrou. Jack engatou a primeira e seguiu para casa. O sorriso nos labios nao se desfez.
CONTINUA...
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