sexta-feira, 24 de julho de 2009

Never Happened - Cap.1

Essa e mais uma parceria minha e da Gabi. Estamos nos esforcando para escrever uma versao para a proxima temporada baseada na cena mais Jate da 5a temp, a sequencia da bomba e o olhar entre lagrimas de Kate para Jack... espero que voces apreciem e nos ajudem a escrever essa "viagem".



Enjoy! =)





Capitulo 1




Tensao e medo. Sentimentos que combinados com aflicao podem corresponder ao efeito de uma bomba. Nesse caso a bomba era real e de hidrogenio.


1977. O ano que Jack e Kate estavam lutando junto com seus amigos para sobreviver. Jack acreditava que a explosao poderia colocar suas vidas sob controle novamente. Evitar o acidente do voo 815. Ao jogar a bomba no mesmo buraco que seria talvez a perdicao de Juliet, ele queria consertar tudo e como lider e responsavel, estava disposto a abrir mao da melhor coisa que aconteceu em sua vida por causa desse acidente - Kate.


Ve-la chorando partia seu coracao mas pela ultima vez, ela o apoiou. Ela quem deu forcas a ele para cumprir sua promessa. Ela que fez o sinal. Como sempre. "Eu sempre estive ao seu lado", as palavras por ela pronunciadas a algum tempo estavam vivas no pensamento dele.


A bomba ainda nao explodira. O medo novamente o dominava. Juliet, ela estava la. Ele compartilhava a dor de Sawyer.
A alguns metros da superficie, Juliet mesmo ferida lutava para acertar a bomba. Um, duas, tres vezes e nada. De repente, o clarao.


22 de Setembro de 2004
Oceanic 815 - meio do Atlantico


Jack estava cansado. Queria muito chegar em casa. Ainda tinham 4 horas de voo. Ele bebericava vodka com suco de laranja. Resolveu levantar-se para ir ao banheiro e esticar as pernas. Ao andar pelo corredor, ele parecia estar aereo, nem reparava nas pessoas ao redor ate que uma moca de cabelos cacheados chamou sua atencao. Aqueles olhos verdes pareciam cheios de misterios. Enigmaticos. Ela percebeu o olhar. Ele sorriu, ela retribuiu. Jack continuou a caminhada ate o banheiro. Fazia tempo que uma mulher nao lhe chamava a atencao. Porem, ele nao gostou nem um pouco do homem sentado ao lado dela. Havia algo de estranho nele.


- Olha bem o que voce esta fazendo Austen. Voce nao esta em condicoes de flertar com ninguem. Sua proxima parada e a cela, nao esqueca.


- Tem como esquecer? Voce faz questao de me lembrar a cada segundo.


Ela virou os olhos para o lado. Sorriu ao ver a gravida a 3 poltronas da sua acariciando a barriga. Sera que algum dia eu terei essa chance? Fechou os olhos. A imagem que ficou no seu subconsciente foi a do belo homem de terno que a sorriu. Suspirou. Se nao tivesse aquelas algemas nos bracos, ela ate se arriscava a sentar-se ao lado dele. Kate decidira bloquear a mente sobre o que aconteceria a seguir na vida dela quando chegasse a Los Angeles. Como queria que a mae dela entendesse tudo o que ela fez.


Jack voltou ao seu lugar mas nao sem antes procurar aqueles olhos verdes. Dessa vez estavam fechados, talvez ela estivesse dormindo. Mesmo assim, ele percebeu o semblante preocupado. Ele proprio tentou relaxar.


Algum tempo depois...


"Atencao senhores passageiros, dentro de alguns instantes estaremos pousando no aeroporto internacional de Los Angeles. Por favor mantenham seus equipamentos eletronicos desligados, afivelem o cinto de seguranca e as poltronas na posicao vertical. Obrigado."

O Marshal olhou para Kate.

- Austen, voce nao quer ir ao banheiro? Ultima chance.

- Nao, estou bem assim.

- Voce que sabe seremos os ultimos a deixar o aviao.

Mais um tempo, o aviao pousou em solo americano e o desembarque foi efetuado. No carrosel de bagagens, Jack procurava a todo instante pela moca na multidao mas nem sinal dela. Com a documentacao em maos, seguiu para o guiche da companhia aerea para retirar o caixao do seu pai. Em seguida, encontrou sua mae o esperando.

- Filho... voce deve estar exausto.

- Sim, estou.

- Como foi?

- Temos que ir ao porao receber o caixao. A senhora esta preparada?

- Sim, apesar da dor. Vamos, Jack ainda temos que dar o enterro que seu pai merece.

Kate Austen caminhava lentamente pelo aeroporto. A mao do Marshal no seu braco com medo que ela tentasse fugir de novo. Dessa vez, nao. Ela cansou de fugir. Ja perdera muito da vida vivendo dessa maneira. Queria livrar-se do peso em suas costas para quem sabe um dia reconstruir sua vida. Apos alguns acertos no guiche da policia federal e da imigracao, eles entraram no carro da policia. O destino? Delegacia central de homicidios de Los Angeles.

Dias depois...


A igreja estava enfeitada com varias flores do campo. Alguns amigos, familia e o corpo medico do San Sebastian ouviam as ultimas palavras de Jack sobre o pai. Ele o admirava como medico e como pai, embora nao tivesse tido a oportunidade de dizer a ele antes de falecer.

Ao acabar seu dscurso, os amigos o aplaudiram e a mae o abracou. Ele derramara lagrimas pela segunda vez sentindo-se culpado.

- Porque briguei com ele mae? Ele nao sabia que apenas queria sua aprovacao? Eu o amava mae.

- Ele sabia Jack, nao tenha duvida.

Um mes depois...


Jack corria contra o tempo. Estava sendo chamado no centro cirurgico, um acidente de carro de proporcoes bem graves. Alem de cirurgiao-chefe, ele ainda era responsavel pela area cirurgica do hospital. Ele assumira a vaga do pai assim que chegara a L.A.

- O que temos?

A enfermeira calcou as luvas nele.

- Rapaz com bacia fraturada e L4 rompida. Pressao estavel.

- Bisturi 10.

Ele focou o local e cortou. Mais uma vida dependia das maos ageis do melhor cirurgiao espinhal de L.A.

****

Prisao Federal de Los Angeles

O barulho da sirene soou e o advogado de Kate entrou. Ela estava sentada com as algemas no pulso e vestindo o uniforme laranja de presidiaria. As olheiras evidenciavam as noites mal dormidas de Kate. O julgamento estava proximo e ela sentia o medo e o nervosismo aflorarem. Corpo e mente estavam a 100%.

- Como voce esta, Kate?

- Na mesma. Apenas ansiosa e contando os dias. Nao vejo a hora desse pesadelo ter seu ponto final.

- Como assim? O julgamento e so o comeco.

- Para mim nao, o julgamento e o final. Ele determinara quando poderei voltar a viver.

O advogado ficou calado. Nao sabia o que dizer. Ele tambem sentia pena, uma moca nova, bonita, sendo acusada pela propria mae.

- Kate, andei pensando. Voce nao quer mesmo que eu fale com a sua mae?

O semblante dela se modificou. A testa franziu.

- Nao! Minha mae tomou sua decisao quando me acusou e ainda me fez ser perseguida quando a visitei no hospital.

- Mas...

- Sem "mas'. Acho melhor voce me dizer quais as minhas chances nesse julgamento. Serei condenada realmente? Quanto tempo ficarei na cadeia?

- Bem, acho que o proposito do homicidio e ate justificado mas nao deixa de ser uma morte intencional. A pena e variavel mas acredito que uns 10 anos. Mas tentarei fazer um acordo.

- Ok, voce e o expert.

- Farei o melhor por voce, Kate. Nos vemos no tribunal daqui a uma semana.

E deixou a sala. Resignada, ela foi escoltada de volta a sua cela.




CONTINUA...

Nenhum comentário: