sábado, 14 de fevereiro de 2009

A Twist of Faith - Capitulo 19

ANGST!!!




Capitulo 19


Chicago
Delegacia de policia


Kate entra na sala do delegado acompanhada de Jack. O delegado ja estava a espera dos dois.

- Bom dia, Srta.Austen. Confesso que fiquei surpreso com o contato da sua amiga e o pedido feito a mim. Imagino que voce tenha uma boa razao para isso. Sente-se por favor.

- Sr. Delegado eu ate me surpreendo com o seu comentario, pense que nem se lembrasse de mim.

- Tem certos casos que a gente nao esquece e infelizmente o do tal Sawyer e um deles. Me diga porque voce quer visitar aquele individuo?

Kate respirou fundo.

- Garanto que se eu tivesse outro meio, eu nem viria aqui mas a vida da minha filha esta em jogo e ela e tudo para mim.

- E onde o Sawyer entra?

- E-ele e o pai de Sophie e talvez sua unica chance de sobreviver.

O delegado fiou calado por alguns segundos.

- Entendo. Nao deve ser facil para voce. Bem, o que consegui foi a permissao para uma visita usando o poder da policia porque ele foi categorico em dizer que nao tem ninguem que ele queira conversar.

- E quando podemos ir?

- Hoje a tarde. A visita esta marcada para as 14hs. Na entrada da penitenciaria procure por John Doyle. Ele e o chee do setor onde Sawyer se encontra. voces irao conversar pelo vidro via telefone. Sugiro que esteja acompanhada mesmo assim.

- Nao se preocupe delegado, eu irei com ela.

O delegado se levantou para cumprimenta-los. Estendeu a mao para Kate.

- Boa sorte Srta Austen, eu sinceramente espero que de tudo certo para a sua filha.

- Obrigada!

Jack guiou Kate ate a saida. ele sabia o quanto ela estava apreensiva.


Penitenciaria de Seguranca Maxima
14hs

Jack e Kate caminhavam sem pressa ao lado de John Boyle. Jack tem o braco envolta da cintura dela, teria que dar o minimo de apoio que podia para ela nesse momento. Chegaram a uma sala individual onde havia nada alem de uma cadeira e um grnade vidro. Um telefone estava sobre um balcao de apoio. Do outro lado do vidro tinha amesma estrutura. Eles pararam em frente a porta.

- E aqui. Eu aconselho que voce entre sozinha, talvez ele nao fique tao intimidado. Se as coisas esquentarem, o Dr. pode entrar e em seguida nos acabamos com a sessao. Eu gostaria que voce nao criasse expectativas sobre ele, afinal voce mais do que ninguem sabe do que ele e capaz. Voce entra e logo em seguida ele estara do outro lado. Boa Sorte.

Doyle abriu a porta. Jack segurou a mao dela e beijou-a. Com o olhar, Kate podia entender que ele estava ali por ela.

- Vai ficar tudo bem.

Kate entrou na sala. sentou-se. A porta do outro lado abriu-se e Sawyer entrou algemado vestindo um macacao laranja. Estava barbado. Ao olhar pelo vidro, um sorriso sarcastico surgiu nos labios.

- Ora,ora,ora...que visita interessante? Sentiu minha falta?

- Sawyer, eu vim aqui por algo bem serio.

- Ah, Kate... e quem disse que sentir falta de mim nao e serio? Afinal o que eu poderia fazer pela vadia que me colocou nessa prisao?

- Voce vai me escutar ou vai ficar tirando sarro da minha cara?

- Nossa! Como estamos valente! Fiquei curioso. Me diaga essa bravura toda e por conta de algum namorado que esta ai fora? Ja esqueceu seu doutorzinho de merda?

- Pare com isso! Nao fale de Tom, voce nao tem esse direito.

- O que voce quer Kate? Nao tenho tempo pra perder com voce. Diga!

Ao ouvir o grito dele, ela estremeceu. Precisava ser forte.

- Voce acha que eu queria estar aqui, que vim bater papo com voce? Se pudesse nunca mais olharia na sua cara. Mas voce me marcou, Sawyer pra sempre.

- E eu sei que sou irressistivel. Seu namorado nao deve chegar aos meus pes.

- Quer me escutar, e dificil pra mim falar nisso.

Ele sentou-se e calou-se por um instante.

- Voce lembra que apos voce ter me violentado, me marcado, achei que tudo estava acabado, que nao teria mais porque viver, nem o Tom conseguia me acalmar. Voce me arrasou e demorei muito pra me levantar. Quando voce reapareceu e tirou Tom da minha vida, eu ainda nao tinha me recuperado totalmente mas eu precisava me reerguer, eu tinha uma crianca pra criar.

- Para quem sofreu demais voce foi bem rapidinha nao?

Kate ignorou o comentario dele.

- Essa crianca mudou a minha vida, eu estava bem de novo mas agora eu preciso ajuda-la. Ela esta morrendo.

Kate fez uma pausa para fazer a revelacao final. Ela olhou para Sawyer. Ele parecia alheio ao que ela falara, ate mesmo entediado. Ela sabia que teria que traze-lo de volta a conversa.

- Sawyer, ela e sua filha. Por isso voce me marcou pra sempre. Ela precisa de voce.

Kate ja chorava a esse ponto. Sawyer tinha os olhos arregalados.

- O que? Minha filha? Voce e louca?

- E verdade.

- Voce veio aqui me dizer que tem uma filha e eu sou o pai?

- Sawyer voce e o unico que pode salva-la.

- Voce e patetica, Kate. Acha que depois de me colocar na cadeia pra toda a vida, voce me diz que sou o pai da sua filha e me pede para ajuda-la a salvar uma crianca que eu nem conheco? Eu nao sou madre teresa de calcuta! Eu nao tenho filhos, eu nao devo nada a voce. Kate voce e uma vadia estupida que acabou com a minha vida!

Os gritos de Sawyer assustavam a ela e Jack nao se conteve. Nao aguentava ouvir as coisas que aquele monstro dizia a ela. Entrou na sala e posicionou-se atras dela colocando as maos no ombro dela.

- Chega!

- Olha quem apareceu... o pricipe encantado! Deixa eu adivinhar, voce e o advogado e o namorado?

- Sou o namorado sim. Algum problema?

- Nao, nenhum exceto que essa conversa pra mim ja acabou e voces estao me enchendo.

Jack comecou a se alterar.

- Voce nao ouviu nada do que ela falou? Nao ve o quanto e dificil para ela estar aqui? Qual a parte de "voce tem uma filha" voce nao entendeu? E da vida de uma crianca que estamos falando!


- Jack nao por favor...Kate apenas chorava.

- E so um exame, faca isso por voce! E sua chance de se redimir. Uma pulsao da medula e voce pode salvar a vida da sua filha.

- Quantas vezes eu terei que repetir : EU NAO TENHO FILHA!!! ESSA CONVERSA ACABOU!

- Como medico eu digo que voce esta cometendo um grande erro, como homem voce esta se condenando em nao ajudar sua propria filha.

- Saiam daqui! Oficial, quero voltar para minha sela. Ja terminamos.

- Sawyer, por favor... eu amo a minha filha...eu te imploro!

- Nao, talvez isso seja a minha vinganca. Pergunte ao seu namoradinho, ele e medico talvez voce deva mandar ele resolver seu problema. E nao me procure mais!

O oficial entrou na sala levando Sawyer embora. Kate levantou-se da cadeira e em prantos jogou seu corpo sobre Jack. Ele a abracou.

- Acabou, Jack...

Days Inn Hotel
7pm

Jack foi atender a campainha. Pedira ajuda do mensageiro para comprar comida para ele e Kate pois nao queria deixa-la sozinha. Desde que sairam da penitenciaria, Kate nao emitia uma palavra, apenas chorava. ele a levou para o hotel pois sabia que ela precisava de um momento sozinha. Precisa tirar a dor do seu peito. Ele a colocara na cama onde ela estava ate agora enrolada em posicao fetal. Ele sentou-se na cama ao lado dela por todo o tempo. As lagrimas pareciam nao ter fim.

Ele pagou o menino e agradeceu,fechou a porta e colocou a comida sobre a mesa. voltou para a cama e sentou-se ao lado dela. Beijou a cabeca e o ombro dela enquanto suas maos deslizavam pelos bracos fazendo carinho, ele queria conforta-la, fazer aquela dor desaparecer mas nao sabia como.

Jack sussurou alguma coisa no ouvido dela, pediu para ela comer. Pediu por Sophie.

- Apenas um pouco de sopa, meu amor...por favor.

Ela parecia indiferente. Ele a beijou de novo e a trouxe ate seu colo. Abracava-a contra si e a embalava como se fosse uma crianca. Ela o abracou e devagar Jack foi oferecendo a sopa na boca tal qual faria com uma crianca. Ela a principio rejeitou mas ao se deparar com o olhar triste e angustiado de Jack, cedeu.

Tomou metade da cumbuca de sopa e tornou a deitar na cama, calada.

Jack levantou-se e foi ao banheiro. Pegou o celular e ligou para Gabi. Ele contou parcialmente o que aconteceu e falou que ele esperaria Kate estar melhor para voltar a NY. Ela nao poderia ver a filha nesse estado. Em seguida, ligou para Wilson, precisava saber se havia qualquer novidade.


Infelizmente o amigo nao lhe deu grandes esperancas.

Ele voltou ao quarto e percebeu que ela adormecera. Jack velou o sono dela por um bom tempo. Durante horas procurou por algo que pudesse fazer sentido, alguma coisa que ele nao tivesse percebido como medico, uma solucao. Ele precisava achar uma saida. Adormeceu abracado a ela.

As 9 da manha, Jack acordou sobressaltado. Kate nao estava a seu lado. Um olhar rapido pelo quarto e a viu escorada a janela olhando para o nada.

- Kate, voce me assustou.

Ela olhou para ele. O rosto marcado pela noite mal dormida. Os olhos fundos haviam secado. Nao tinha lagrimas para chorar naquele momento. Jack se levantou e foi ao encontro dela. Abracou a por tras e beijou-lhe a nuca. Criando coragem pos-se a falar.

- Kate, eu sei o quanto doi ver sua ultima esperanca ir pelo ralo. Sei o quanto voce esta sofrendo. Voce nao tem ideia de quanto isso me machuca mas voce nao pode desistir ainda. Nos ainda nao chegamos ao final. Sophie ainda precisa de voce, eu preciso de voce. Por favor, reaja. Temos que enfrentar isso juntos. Eu ainda acredito que vamos salva-la.

- Eu me sinto tao insignificante...tao inutil.

- Nao, voce e importante!

Jack a virou para si e fixou o olhar.

- Voce e a pessoa mais importante na vida de Sophie, voce nao pode abandona-la agora. Ela conta com voce. Mesmo sendo dificil, temos que voltar e sorrir. Voce precisa sorrir, abraca-la e ama-la intensamente cada minuto.

- Jack nao sei se vou conseguir sorrir para minha garotinha sabendo que ela pode morrer a qualquer momento...

- Voce pode, quando sorrir lembre-se apenas que eu te amo, e estou ali por voces.

- Oh, deus...eu tambem te amo tanto...

Ele sorriu. Sabia que ela lutaria com ele agora.

- Vamos voltar. tome um banho enquanto eu resolvo tudo.

New York Presbyterian Hospital
11:30 am

Lisa entrou no quarto de Sophie.

- Oi, trouxe o seu almoco e uma surpresa!

Sophie arregalou os olhos ao ver a mae com a bandeja de comida.

- Mamae!

Kate deixou a bandeja com Lisa e sorrindo abracou a filha.

- Senti saudades,mae...de voce e do Jack.

Kate derramou uma lagrima e segurou o sorriso.

- Tambem senti meu anjo. Tia Gabi cuidou bem de voce?

- Cuidou sim. Cade o Jack?

- Ele ja vem esta com o medico. Vamos comer?


Kate se aconchegou e comecou a dar comida para a filha. Gabi deixou o quarto para dar privacidade a amiga.

Escritorio do Dr. Wilson

Jack entrou nervoso na sala do amigo. Ao sentar-se na cadeira, Wilson percebeu que as maos dele tremiam.


- Voce esta bem?

Jack finalmente desabou no choro. Wilson nao sabia o que fazer e ficou apenas calado observando o amigo. Passados uns 15 minutos, Jack tentou enxugar as lagrimas e olhou serio para Wilson.

- Preciso de um favor e voce nao pode me dizer nao.



CONTINUA...

Nenhum comentário: