Kate teve alta do hospital tres dias depois. Ela ja havia conversado com o advogado de Tom e ja decidira o que iria fazer. Ela estava saindo do seu escritorio onde acabava de pedir sua demissao. Saira com todos os direitos devido a situacao em que se encontrava e por seu excelente desempenho na empresa.
Ela iria encontrar com Gabi e juntas elas iriam comprar as passagens para o novo destino de Kate. Apos o nascimento do bebe, ela mudaria-se para a Carolina do Norte.
3 meses depois...
Kate estava em trabalho de parto ja a quatro horas e nada de bebe.Ela nao sabia o sexo e por isso aguardava ansiosa para escolher o nome da crianca. Gabi era a unica companhia dela desde que Tom se fora e estava esperando na sala ao lado ansiosa.
Finalmente apos mais uma hora, Kate deu a luz a uma linda menina. O choro foi natural tamanha a emocao de ter o bebe nos seus bracos. Tom era a unica pessoa que vinha a sua mente.
Quarto do hospital
Kate acabara de amamentar a sua pequena e precisava descansar. Antes da enfermeira levar a sua filha de volta ao bercario, Kate falou:
- Sophie... ela se chamara Sophie Austen.
Quatro meses depois
Kate preparava os ultimos caixotes. O pessoal da mudanca ja levava cerca de oito caixas para o furgao. O choro chamou sua atencao. Ao checar a filha percebeu que ja deveria trocar a fralda novamente. Assim que terminou, agasalhou a filha, pegou a bolsa de mao e dirigiu-se a porta. Deu uma ultima olhada no apartamento. Fechou a porta.
No aviao rumo a cidade de Raileigh, Kate puxou um envelope e abriu a carta que ela ja lera milhares de vezes mas nunca se cansava de reler.
Dear Kate,
talvez o tempo nao apague todas as lembrancas, talvez seja preciso mante-las vivas para quem sabe apreciar as novas aventuras que estao por vir. Ao descobrir que voce estava gravida, senti muita raiva mas depois eu passei a olhar a situacao de maneira diferente e para mim a crianca que voce carrega em seu ventre e minha tambem. Vou trata-la como meu proprio filho ou fiha.
Pretendo te entragar essa carta no dia do nascimento dela. Saiba que me afecoei a ela e por isso farei o possivel para faze-la feliz.
O destino nao quis que fossemos marido e mulher mas eu te amo incondicionalmente e amarei tudo que estiver a sua volta.
Tenho um pedido a fazer, se for menina chame-a de Sophie, era o nome da minha vo.
Um unico desejo passa pela minha mente: que sejas feliz!
Seu,
Tom.
Ela enxugou as lagrimas. Beijou a filha que dormia tranquila a seu lado.
- Eu irei tentar, Tom. Prometo.
Ao chegar em Raileigh, ela pegou o carro e rumou para seu proximo destino: Elisabeth City
Cinco anos depois...dias atuais
A sineta na porta tocara novamente. Sophie correu para ver quem chegara. Martha vinha sorridente segurando a mao da filha Laura.
- Oi, Laura!
- Oi, Sophie!
- Bom dia, Martha. O que vai querer?
- Um cappuccino e um pao de queijo pra mim e uma vitaminada de banana pra Laura. Como vai o movimento?
- Esta otimo. Essa epoca de ferias e muito movimentada. Ja tenho um novo cardapio para a semana que vem.
- Quem diria hein? Voce realmente se deu bem Anne! O cafe se firmou em um ano e agora voce esta com o restaurante. Nada mal para uma desconhecida em Elisabeth hum?
- E, cinco anos voam...
- E como lembro quando voce chegou aqui. A Sophie era de colo que nem a Laura...so acho que agora voce devia procurar alguem...investir em voce, jovem e bonita nao falta pretendente.
- Para com isso, Martha. Ja disse, ninguem substituira o Tom.
- Ainda acho que voce pagara sua lingua. Laura! Vamos!
Anne entregou o pedido da amiga e sorriu.
- Vai sonhando....
- Ok, tenho que ir trabalhar. Te vejo depois.
A tarde apos arrumar o cafe, Kate deixou Sophie na escola. Pensou nas palavras de Martha. Realmente o tempo voou. Em cinco anos ela se tornara uma microempresaria bem sucedida e tinha uma filha linda e esperta. Sophie era um doce de crianca e ainda era a sua copia. Cabelos cacheados e olhos verde esmeralda.
Ela nao se relacionara mais com nenhum homem depois do nascimento de Sophie e pretendia continuar assim. A troca de nome fora um artificio para a sua propria seguranca.
Naquela pequena cidade litoranea fizera amigos como Martha e seu marido John. Era conhecida e respeitada mesmo sendo mae solteira, a cidade a acolheu.
Toda semana falava com Gabi e uma vez por ano a amiga vinha lhe visitar. Estava feliz apesar de tudo. Enterrara o passado na medida do possivel.
Algumas vezes o mesmo pesadelo a perseguia mas ela procurava resistir a dor...ela precisava resistir...por Sophie.
CONTINUA...
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