segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A Twist of Faith - Capitulo 4

Angst...ainda !



Pls, paciencia...prometo que melhora daqui a alguns capitulos...



Enjoy!




Capitulo 4




O consultorio de Tom estava vazio. eles entraram na sala de exame e Tom rapidamente coletou o sangue de Kate. Ele pediu a ela para deitar-se na cama de exames e desabotoar o jeans e levantar a blusa.


Com o gel do ultrasom espalhado pelo estomago e na regiao do utero, Tom se preprarou para um momento dificil. Sua experiencia ja desvendara o caso mas eu nao tinha ideia do que aconteceria a partir de agora.

Ao ligar a maquina de ultrasom, ele sorriu pra ela. Devagar foi esfregando o leitor no estomago dela. Em menos de cinco minutos, a constatacao esta presente clara e sem duvidas.

- Kate...me escute. Eu quero que voce olhe bem pra mim porque tenho algo importante a dizer,ok?

- Ok.. ela primeiro fechou os olhos e ao abri-los reafirmou - pode falar.

- Kate, voce esta gravida. O feto esta com sete semanas e saudavel apesar de tudo. Eu sei que essa nao era a hora de voce receber uma noticia dessas e quero que saiba que o que voce decidir fazer, eu vou apoiar.

Ele segurou a mao dela e apertou-a tentando gerar algum conforto. Kate voltara a fechar os olhos e dessa vez Tom pode notar lagrimas correndo pelo rosto dela.

- Entao era isso. Todo o trauma e sofrimento que eu passei nao era o bastante? Gravida! Um filho...como um ato tao vil e doloroso pode ser capaz de gerar uma crianca....oh,deus! O que vai ser de mim agora, Tom? Como eu vou cuidar de uma crianca? Como eu vou olhar pra ela e nao...


- Shhhh...nao diz mais nada. Tudo vai ficar bem. Nos iremos ficar bem, sweet. Eu vou ajudar voce a criar esse bebe, voce nao esta sozinha.

Kate ainda solucava quando se sentou na cama e abracou Tom.

- Obrigada...voce e meu salvador Tom, tenho muita sorte de ter um amigo como voce, eu te amo.
Ele beijou a testa dela e tornou a abraca-la.

Cinco meses depois...


Kate caminhava pelas ruas da sua vizinhanca rumo a um Walmart que ficava a dois quarteiroes da casa dela. Tinha combinado de encontrar com Tom para fazerem as compras do thanksgiving.
Ela demorou uns 3 meses para se acostumar com a crianca que ela carregava no ventre. O trauma foi parcialmente resolvido com a ajuda de uma terapeuta amiga de Tom. Mas ela sabia que nunca iria esquecer o pesadelo que passara.


Agora com seis meses de gravidez, ela adorava cantar e ler historias para ele. Kate continuou caminhando e acariciando a barriga, ja podia ver o supermenrcado na esquina.

O que ela nao percebera era que estava sendo seguida e infelizmente era alguem que ela nao gostaria de ver novamente.

Enquanto escolhia algumas batatas para pesar, o celular de Kate tocou.

- Hey, voce esta atrasado. Mais quinze minutos? Ta, ok te espero.

Guardou o celular na bolsa e seguiu ate a balanca. Ao voltar a empurrar o carrinho, sentiu o chute do bebe.

- Ouch! Agora nao...ela suspirou otimo! Tinha que ir ao banheiro de novo.

Ela empurrou o carrinho de compras ate o toilette. Na sua cola, Sawyer a observava.

Ao sair do banheiro rumo as pias, ela ouviu um assobio.


- Voce esta bem diferente da ultima vez que te vi...

Ele sorriu sacana e ela ficou paralizada.

- Quem diria hein? Voce me abandonou e ainda esta de barriga...acho que o doutor finalmente conseguiu o que queria...ou voce vai me dizer que nao e dele?

Kate caminhou bem devagar ate a pia. Com cuidado, ela apertou o botao de chamadas rapidas do celular. Sentiu o mesmo tocando. Abriu a torneira e fingiu lavar as maos.

- O que voce quer? Esta me seguindo Sawyer?

Tom atendeu o celular e apesar de chamar por ela nao obteve resposta. Quando ia desligar, ouviu uma voz masculina.

- Te seguindo? Nah...isso foi um acaso do destino mesmo...o que nao deixa de ser intrigante principalmente se eu obtiver o mesmo resultado que da ultima vez.

Ele se aproximou dela. Ficou segurando a cintura dela e sussurou.

- Que tal mais uma? Pelos bons tempos? E nem adianta dizer que nao pode porque de ladinho e a melhor posicao nesses casos.

- O que voce quer, Sawyer? Estamos num supermercado.

Kate tremia mas fazia o possivel para nao perder a calma. Internamente ela rezava para que Tom estivesse a caminho.

- Eu preciso sair do banheiro e continuar minhas compras...

- Ah, claro! Voce pode fazer isso mas comigo a seu lado como uma familia feliz portanto saia bem risonha desse banheiro e nao faca nada estupido porque caso contrario, voce e seu maridinho vao pagar bem caro por isso. Voce entendeu, Kate?

Ela balancou a cabeca e segurou o choro.

- Isso, nada de lagrimas.

Kate empurrou o carrinho pelo corredor do supermercado com Sawyer a seu lado. O coracao batia descompassado enquanto ela tentava se manter calma.

Quando eles estavam na secao de congelados, Tom a enxergou. Correu ate eles e antes que Sawyer pudesse ve-lo ele sentou um murro nele derrubando-o no chao proximo aos freezers.

- Vamos Kate corra!

Eles sairam correndo pelo supermenrcado enquanto Sawyer tentava se colocar de pe.

- Kate respire enquanto corre...que nem lamaze...respire!

Sawyer vinha correndo ja em direcao aos dois. Os segurancas do supermercado comecaram a persegui-los e Tom explicava enquanto corria que ele era um bandido.

- Segurem ele, prendam! Ele e perigoso!

Ao chegarem na porta o seguranca nao queria deixa-los sair.

- Pelo amor de deus, esse homem e perigoso, ele esta persegundo essa moca...me ajude!

- Nao mesmo ele dsse que a moca e mulher dele.

- Aqui ligue pra essa delegado e diga pra vir prender Sawyer...diaga que foi Tom que o avisou...deixe eu ir.

Nesse momento Kate gritou.

- Tom, aiiiiiii, doi....

- Por favor ela vai perder o bebe!

- Ok, ok vao....

- Ligue para a policia.

Foi so o tempo de Tom colocar Kate no carro e ligar o motor. Sawyer se livrou rapidinho dos segurancas que nao seriam mesmo pareo para ele. Ao ver o carro de Tom sair em disparada, ele correu para a sua caminhonete seguindo o toyota de Tom.

Ambos andavam em disparada.

- Kate, voce esta bem?

- Sim, eu acho...

- Como esse canalha te achou? Droga! Ele esta nos seguindo...

Tom pegou o telefone e discou para o delegado. Combinou que ia leva-lo ate o porto e a policia assumia dali prendendo-o em flagrante.

A caminhonete apesar de grande permitia maior velocidade a Sawyer e ele ja estava colado ao carro de Tom. De leve batia o parachoque na traseira de Tom fazendo-o sambar na pista. Tom tinha que impor toda a sua forca para nao bater o carro.

Eles ja estavam proximos ao porto quando Sawyer atingiu o carro mais uma vez porem com muito mais vontade que as demais e infelizmente, Tom perdeu o controle e o carro rodou batendo contra o muro de concreto do lado de Tom. O impacto fez o airbag do lado de Kate disparar mas Tom foi jogado contra o parabrisa.

- Tom...naooooooo

Kate desmaiou logo em seguida.

Cinco minutos depois...


O barulho de sirenes confundia-se com a gritaria na rua. Homens armados rendiam uma caminhonete e alguns paramedicos trabalhavam nas ferragens do carro tentando salvar os dois passageiros. Nesse momento removiam a mulher gravida que apesar das escoliacoes ainda respirava. Nada podiam dizer sobre o bebe.

Finalmente, um dos paramedicos removeu a porta do lado do motorista e com cuidado removeu o corpo que sangrava bastante. A situacao dele era muito grave. Uma das ferragens do carro perfurou o abdomen dele. O rosto estava todo cortado. A ambulancia saiu em disparada para o hospital mais proximo.

Hospital Sant Andrew
Emergencia

Os paramedicos trouxeram as duas vitimas do acidente, a gravida foi levada as pressas para a ginecologia e o rapaz para uma sala de cirurgia.

A situacao de Tom estava muito feia, com cinco minutos da operacao, ele teve uma parada cardiaca e os medicos conseguiram estabiliza-lo. Ao retirar as ferragens, os medicos perceberam que varios outros orgaos foram comprometidos com a hemorragia interna. ele entrara em coma e naquele momento, Tom nao acordaria para ver a sua amiga mais uma vez. Ele dependia de aparelhos para viver.

Kate acordou assustada sentindo contracoes fortes. Ao seu lado, uma medica preocupada segurava sua mao.

- Shhh calma...seu organismo esta forcando um trabalho de parto antes da hora devido ao trauma. Eu ja mediquei voce para que isso nao ocorra, ainda nao podemos trazer seu bebe ao mundo.

- Cade o Tom? Oh, my god...Tom...

- Ele esta sendo operado. Voce precisa ficar calma para que a medicacao funcione. Respire.

Kate resolveu se acalmar para nao prejudicar seu filho. Talvez se ficasse bem logo poderia ver Tom mais rapido. O remedio a deixou sonolenta e em questao de minutos ela adormeceu.

Tres horas depois

Ao abrir os olhos, Kate viu a seu lado Gabi.

- Hey, como voce esta?

- Nauseada...e drogada. E o Tom?

- A medica disse que seu bebe esta otimo agora. Sem nenhuma preocupacao.

- Gabi e o Tom?

Ela suspirou.

- Kate, eu sei que e dificil mas Tom esta muito mal. Ele foi operado durante horas e infelizmente o resultado nao e bom.

- Oh, nao...ele vai morrer? Eu quero ve-lo.

- Ele esta em coma, nao fala e nem sei se escuta.

- Eu preciso ve-lo.

- Kate voce esta se recuperando...

- Gabi por favor!!!

- Espere aqui, vou falar com sua medica.

Gabi voltou ao quarto acompanhada da medica e uma cadeira de rodas.

- Kate, voce tem que seguir as instrucoes da doutora Lewis ok?

- Srta Austen , voce vai encontrar seu namorado num estado muito critico, o prognostico dele nao e nada bom. Quero que mantenha a calma porque se voce se desesperar isso fara mal ao seu bebe entendeu? vou confiar em voce. Ah, tem um policial querendo falar com voce tambem.

- Posso ir ver o Tom?

- Pode e vou conversar com o policial para recebe-la em seguida.

Gabi levou a amiga na cadeira de rodas ate o quarto que Tom se encontrava.

Ao ve-lo indefeso e todo coberto por tubos Kate desviou o olhar. Respirou fundo e se aproximou dele, segurando a mao dele na sua, ela sentiu as lagrimas rolarem.

- Porque isso aconteceu? O que foi que eu fiz pra merecer isso?

- Nao e sua culpa...

- Como nao? Se eu nao tivesse conhecido Sawyer nada disso estaria acontecendo...Tom, me perdoa...nao morra por favor, eu preciso de voce...

Nesse momento o medico de Tom entrou no quarto.

- Voce deve ser a namorada....

- Nao somos namorados, ele e meu amigo.

- Infelizmente nao tenho boas noticias para voce. O Tom esta se mantendo vivo por causa dos aparelhos. Ele ja teve morte cerebral. Estamos contactando a familia para que possam tomar a decisao final.

- Tom nao tem familia. Os pais morreram e ele tem apenas um irmao que e missionario vai ser muito dificil encontra-lo. Eu sou a familia dele.

- Vcoe tem alguma documentacao que ateste isso?

- Nao mas o senhor pode chamar o advogado dele. Eu tenho o telefone no meu celular.

- Eu te agradeco.

- O que acontece se ele sofrer uma parada cardiaca?

- Provavelmente morre...mas ainda nao temos a ordem de nao ressuscitar portanto faremos o possivel para mante-lo vivo. Eu sinto muito.

Ao sair, Kate beijou a testa dele. Cabisbaixa, ela tentava controlar o choro.

- Com licenca...Kate Austen? Sou o policial Newman trabalho com o delegado que acompanha seu caso.


- Diga que voces pegaram ele... por favor...

- Sim, ele esta preso.

O alivio percorreu o corpo de Kate.

- Precisamos que a senhora responda a algumas perguntas.

Eles conversaram por uns 20 minutos e ao final da conversa o policial a alertou.

- Eu aconselharia a voce deixar a cidade, va morar com algum parente seu por um tempo. Sawyer,se e que esse e o nome dele, esta preso mas nao tem ficha na policia. Ele sera considerado reu primario e o julgamento pode demorar. Pense nisso.


No dia seguinte, o advogado de Tom veio ao hospital e para a surpresa de Kate, nao so ela era a pessoa responsavel por decidir o destino dele como tambem era a herdeira do testamento dele.


O desejo de Tom era ser cremado e o destino das suas cinzas seria o oceano.

Kate assinou o termo de responsabilidade do hospital e tambem os papes do advogado. Pediu porem que a deixassem a sos com ele por alguns minutos antes de desligar os aparelhos.

Kate entrelacou seus dedos nos dele. Acariciou o rosto do homem indefeso e sem vida a sua frente.

- Oh, Tom...como eu queria que as coisas tivessem sido diferentes para nos. Como eu te amo... eu gostaria de entender porque meu coracao nao te ama da maneira que uma mulher deve amar um homem..teria sido tao facil...e agora voce se vai. Nem ao menos conhecera seu sobrinho ou sobrinha...na verdade, direi que voce era o pai, porque eu sei que voce seria de qualquer forma. Eu vou deixa-lo ir...eu vou seguir em frente, vai doer mas eu vou fazer isso, por voce. Meu Tom, meu amigo, meu irmao. Vai com Deus...

Ela curvou-se e beijou-o na testa. O medico entrou com a enfermeira e ela deu a permissao para seguirem em frente. Com os aparelhos desligados, o coracao de Tom ernrou em parada.

Chorando, Kate olhou para amigo pela ultima vez e ouviu o som do monitor tornar-se constante.

Ele se fora.




CONTINUA...

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