domingo, 2 de novembro de 2008

A Twist of Faith - Capitulo 1

A TWIST OF FAITH


Capitulo 1


Chicago - 5 anos atras


Kate saia do trabalho um pouco mais cedo hoje, o que era quase raro no ultimos meses. Seu trabalho na secao de compras de uma grande rede de supermercados a tirava do serio as vezes. Seus fornecedores tambem nao lhe davam folga, era uma entrega que atrasa, algumas caixas violadas, problemas de qualidades... isso tudo a deixava por vezes estressada.


Com apenas 23 anos, Kate conquistara muito na sua vida profissional. Comecou a trabalhar como caixa nessa mesma rede aos 16, ao completar 18 foi chamada para ser supervisora de secao e aos 21 quando nem havia concuido a faculdade, Kate ja era compradora junior. Nada mal para uma garota vinda de uma cidade do interior de Ohio.

Tinha amigos, dinheiro e vivia feliz. Relacionamento, bem essa e a parte dificil...


Kate entrou num barzinho proximo ao trabalho.


Ela adorava tomar um bom vinho e relaxar sempre que podia. O ambiente no Sirens era aconchegante e sempre tinha musica ao vivo das boas. Sentada na banqueta proximo ao balcao, ela observava o movimento de pessoas.


Um certo alguem chamou sua atencao logo que entrou pela porta. Alto, meio aloirado e sorriso facil, parecia o tipo de cara que sempre se da bem, estilo cafasjeste mesmo. E Kate tinha esse problema, sempre se deixava levar por caras cafajestes e vagabundos. Perdedores, mesmo. Ela ja desistira de correr atras do homem ideal.

Como que adivinhando, o tal cara veio sentar-se ao seu lado.


"Devo ter algum ima mesmo", pensou Kate.

- Ola, sweetheart! Posso te pagar uma bebida?

- Se voce ainda nao percebeu eu ja estou bebendo.

- Ouch! Adoro garotas decididas e mandonas. Me chamo Sawyer.

Ele estendeu a mao para ela. Kate meio a contragosto se apresentou tambem.

O que parecia ser um momento totalmente enfadonho acabou por se tornar interessante. Sawyer era cheio de flerte e historias para impressionar garotas alem de um otimo senso de humor.

Kate se deixou levar por esse charme e ja no final da noite ela considerou Sawyer uma otima companhia.

A partir daquele dia, Sawyer tornou-se presente na vida de Kate posando de bom moco. Nada de apressar as coisas e o potencial namoro comecava a ser bem visto aos olhos de Kate. Apenas uma coisa a intrigava, quando questionara Sawyer sobre o que ele fazia, ele sempre desconversava e nao dava nenhuma dica, desfiando o assunto totalmente ate que ele tivesse a certeza de que ela nao perguntaria mais nada.

De simples namorico, a coisa foi crescendo e eles ja estavam assumindo o relacionamento. Ainda nao havia transado, Kate era muito reservada nesse aspecto e apesar das duvidas que pareciam existir quanto ao esteriotipo que ela definira para Sawyer de pegador, ele estava aguentando numa boa.

O melhor amigo de Kate era Tom, um cara fora de serie que a acompanhava desde a infancia. Eles tiveram um pequeno namoro ainda no colegial mas decidiram que nao deviam continuar juntos. A amizade foi bem maior. Tom conhecia todos os passos de Kate. Detalhes de relacionamentos, primeira vez, faculdade, emprego. Ela costumava dizer que ele era melhor que qualquer amiga mulher. Tom e um renomado medico ginecologista em Chicago e sua proximidade com Kate ja provocava um certo ciumes em Sawyer.


Na cabeca dele, homens e mulheres nao podem ser somente amigos. Nao acreditava nisso.

No aniversario de Kate, ele presenteou-a com um colar de ouro branco com um pingente de aviao, a outra paixao de Tom fora a medicina. Apos um pequeno lanche, Tom despediu-se deixando Kate sozinha com o namorado. Sabendo da historia amorosa da amiga, ele podia dizer com certeza que ela estava se metendo em outra fria.

Naquela noite, Sawyer a questionou sobre Tom.

- Porque esse cara te deu uma joia?

- Primeiro, essa cara tem nome - Tom. Segundo, ele me deu o presente que achou justo. Sawyer eu nao vou ficar discutindo com voce a minha amizade com Tom, nos crescemos juntos, ele e mais que um amigo, ele e um irmao pra mim.

- Pode ser pra voce mas tenho certeza que ele queria mais.

Kate se aproximou dele e acariciou o rosto.

- Hey, da pra tirar esse bico? Amor, hoje nao e dia de brigar... e cade o meu presente?

Sawyer sorriu por fim.

- Esta aqui.

Ele a envolveu nos bracos e a beijou com vontade. Kate deixou todas as suas defesas abertas e ao sentir o toque dele sob a sua blusa rocando a pele alva com suas maos quentes, ela cedeu de vez.


Sawyer a levou pro quarto e a teve em seus bracos como ja esperava. Mas o sexo foi algo diferente para Kate, foi selvagem, animal e meio frio. Nada de muitas caricias. Sawyer era um verdadeiro macho na cama.


Tres dias depois...


Kate estava indo almocar com Tom. O que ela nao sabia era que Sawyer a seguia.

Na cantina italiana, Tom ja esperava por ela. Ao ve-la se aproximar levantou-se e sorriu.

- Hey, beauty! Tudo bem com voce?

- Ah sim...

Ela sentou-se ao lado dele e se serviu de um pedaco de pao italiano do couvert, tambem tomou o copo de Tom e tomou um gole da cerveja dele.

- Hey, esse copo e meu!

- So estou bicando, eu ao contrario de voce estou trabalhando...

- Eu tenho direito a folga tambem!

Apos escolherem o prato do almoco, Tom se preparou para trazer um assunto meio chato para ele - o relacionamento de Kate.

- Entao, como vao as coisas com o Sawyer?

- Vao bem...

- Kate... voce nao soou convincente.

Ela sorriu.

- Voce e horrivel! Como pode alguem me conhecer tao bem assim? Nao e que o namoro va mal, ele ta meio obcecado com voce. Nao aceita que nos sejamos amigos...

- Isso e besteira. Ja que voce falou, eu ja tinha notado que ele nao gosta mesmo de mim, me ve como uma ameaca e na verdade, eu nao gosto dele tambem. Eu queria saber de voce, porque eu nao acho que ele seja um cara bacana pra voce. Ele e misterioso, me cheira a tranbiqueiro e nao consigo ter confianca nele. Desculpe, mas como seu melhor amigo e fa, eu mereco expor minha opiniao.

Ela entrelacou a mao na dele e deu um beijo na bochecha o abracando.

- Ah, Tom voce nao existe...

- Serio, Kate. Eu preciso saber se voce esta feliz, se voce estiver eu prometo tentar me acostumar a ele.

- Feliz...acho que essa palavra e um pouco forte. Estou bem ainda tentando entender o Sawyer.

- Voces ja ...?

- Na noite do meu aniversario.

- E ?

- Foi diferente....

- Oh, god! Voce nao gostou.

- Nao! Eu so achei diferente. Ele e bem viril e nada de preliminares sabe? Do tipo selvagem?

- Ok, para! Nao quero ouvir mais isso. So um ultimo conselho, se voce nao esta feliz e o sexo nao compensa...melhor cair fora.

- De um credito pra ele...

- Ta vou respeitar sua decisao mas se voce precisar de ajuda pra romper com ele me avise.

O resto do almoco transcorreu naturalmente. As atitudes para Kate casuais com Tom, beijos, abracos carinhos, ate mesmo comida na boca estavam sendo observadas por um Sawyer muito irado. Ele nao aguentava mais ver nada, para ele ja estava mais que provado: Eles tinham um caso.


E infelizmente ela nao tinha ideia do que a esperava essa noite.


*****

A noite, Kate estava bem cansada. Jogou a bolsa sobre o balcao da cozinha do seu apartamento.


Achou tudo muito silencioso, talvez Sawyer ainda nao tivesse chegado. Foi ate a geladeira e retirou uma garrafa de vinho, serviu-se de uma taca. Ao dirigir-se para a sala, ela levou um susto ao ouvir aquela voz.

- Chegando cedo.

Respirando fundo, ela buscou o interruptor de luz.

- Sawyer, voce me assustou. O que faz no escuro?

- Estava esperando alguem diferente?

- Nao...

Ela percebeu que ele tinha nas maos uma garrafa de cerveja e ao lado do sofa tinham mais 4 ja vazias. Ele se levantou e foi ate ela a agarrando com forca e rocando a boca contra a nuca dela, mordiscando o lobulo da orelha sem cuidado.

- Sawyer calma!

Ele nao obedeceu e virou-a para si sugando os labios dela selvagemente enquanto as maos apertavam-lhe os seios.

Kate tentou se livrar dele para buscar um pouco de ar.

- O que deu em voce? Eu estou cansada e voce parece ter passado um pouco da conta na bebida.

- Cansada? Porque? Passou a tarde transando num motel com o seu "amiguinho"?

- Sawyer!

- Kate e o seguinte: nao quero voce perto daquele cara. Enquanto nos estivermos namorando ele nao chega perto, entendeu?

- O que deu em voce? Tom e meu amigo ha anos e nao vou aceitar isso de voce.

- Nao vai? Tem certeza?

Ele apertou o braco dela com forca. Kate sentiu o odio nos olhos dele.

- Voce esta me machucando...

- Isso e pra saber quem manda aqui.

Ele soltou ela com um empurrao. Kate tinha os olhos rasos d'agua.

- Sawyer, voce nao e o meu dono. Sai do meu apartamento. Eu nao quero mais te ver.

- Ah, Kate...voce nao me conhece. Nao me provoque.

- Eu estou falando serio, acabou. Eu nao vou fazer concessoes por voce e esse nao e o tipo de relacionamento que eu gostaria de ter.

- Ah, claro que nao voce prefere a frescurite do Tom certo?

Ele voltou a se aproximar dela e segurando o braco com forca ele sussurrou no ouvido dela.

- Voce vai se arrepender por isso, Kate. Voce e seu amigo. Tem certeza que prefere ele?

- Tenho, some daqui.

Sawyer saiu batendo a porta do apartamento. Sentada no sofa, Kate solucava. O medo povoava seus olhos enquanto ela tentava se acalmar e discava o numero de Tom.



CONTINUA...

Um comentário:

Gabi disse...

humnmm mto bom o comeco da fic!!!
esperando pelos proximos capitulos!!!!