domingo, 8 de novembro de 2009

Never Happened - Cap.17


Cap.17


Duas semanas se passaram e a rotina de Jack e Kate permanecia muito tranquila. Kate passou a ignorar as alfinetas de Juliet e isso parece ter surtido efeito pois a loira melhorou seu comportamento e ate comecou a interagir melhor com ela. A terapia tambem ia bem, ela havia feito algumas regressoes mas tudo o que viu ate agora foram pedacos de sua infancia e algumas cenas boas onde Jack estava presente na tal ilha misteriosa.

Jack por sua vez irradiava felicidade mas o lance da terapia ainda o incomodava. Nao entendia porque Kate insistia em fazer regressao, algo em que ele nao acreditava, ele um homem da ciencia nao se sentia a vontade com o lado da psicologia, queria fatos e dados. De qualquer forma, ele ponderou a decisao dela baseado no fato de que isso era tambem parte do aprendizado dela para sua carreira futura. Para agradar a amada, Jack levou Aaron pra casa no ultimo final de semana e fez uma surpresa para ela. No fundo, ele tambem queria estar proximo do garoto, gostava dele e nao sabia porque.

Era uma quarta-feira e Jack estava de plantao ate as 10 hs da noite. Kate saiu da faculdade as 9 da noite muito cansada e foi direto para o apartamento deles. Apos tomar um banho, ela tomou um iogurt e deitou-se. Suas costas doiam pelo tempo que ela permanecera em pe durante o dia no laboratorio e depois no seminario da faculdade. Adormeceu. Jack chegou por volta das 10:30. Sem fazer muito barulho, ele tomou um copo de leite e seguiu para o banheiro. Ja de boxer, aconchegou-se ao lado dela na cama e beijou-lhe a nuca, a bochecha e a orelha. Um pequeno sorriso formou-se no canto dos labios dela. Kate abriu os olhos devagar e fitou o homem a sua frente.

- Voce ja esta dormindo preguicosa?

- Muito cansada...

Ele deu um beijo nos labios dela. Ela aprofundou o beijo passando a mao pelos cabelos dele e deslizando para o torax dele.

- Hum, nao ta me parecendo muito cansada agora....

Ela riu e deu mais um selinho nele.

- Voce esta com fome, amor?

- Nah, ja tomei um copo de leite. Volte a dormir.

- Ok.

Ela aconchegou-se no peito dele e apagou. Jack ligou a tv em mudo para ver as noticias, Ele afagava o cabelo dela que dormia tranquila.

3am

Kate estava apreensiva. As maos tremulas. Isso nao podia estar acontecendo. Mas ela o ajudaria, como ele pediu. O coracao apertado... e se Juliet nao conseguisse opera-lo? Ela falou que ele...ele poderia ... nao ela nao se permitiria pensar nisso. Ele vai ficar bem. Ele sempre foi forte, destemido, corajoso. Porem, ao entrar naquela barraca improvisada para ser uma sala de cirurgia, os pensamentos voltaram, o medo percorria sua espinha. Kate nao gostava de ve-lo sentindo dor, vulneravel, impotente. Ela respirava fundo ao ver Juliet fazer o primeiro corte. Desabou, o fluxo das lagrimas foram maiores, incontrolaveis... a voz de Jack pedindo para ela levantar o espelho, para ela soava como um lamento. E entao a ordem de Juliet para ela sair. Kate obedeceu, nao tinha estomago para ficar ali, sentia-se culpada. Ela nao podia perde-lo, nao a ele, o homem que amava... mentalmente ela pediu para Juliet salva-lo. Estava desorientada. Quando finalmente Bernard a chamou, ela o viu mais uma vez. Dormindo. A emocao foi tao forte, tao viva... e Juliet disse aquelas palavras... ela so poderia ser grata a ela por isso. Por ter salvo o amor da vida dela, um amor que o tempo nao pode apagar.

Jack.... Kate acordou gritando. Estava ensopada, o corpo tremia. Jack assustou-se.

- O que foi? Acalme-se...

Ela olhava pra ele espantada, os olhos arregalados.

- Outro pesadelo?

Ele a tomou em seus bracos. Beijou-lhe a testa.

- Esta tudo bem....

- Era tao real, tao vivo... - Kate falava entre lagrimas - voce ia morrer Jack ,naquela ilha, estava doente e... e eu nao podia fazer nada, Juliet te operou e te salvou.

- Nossa Kate, voce sonha cada coisa... o que a Juliet fazia no seu sonho?

- Ela te salvou,amor. Ela tirou seu apendice. Aconteceu, foi real!!!

- Kate, pare foi um pesadelo voce esta cansada e natural.

- Nao Jack voce nao entende... foi real! Oh, deus eu devo estar louca...

Kate se desespera e Jack fica realmente preocupado.

- Acho que voce deve parar de ver esse terapeuta, isso nao esta fazendo bem a voce.

- Jack voce nao acredita em mim?

Ele tornou a abraca-la e procurou acalma-la.

- Shhh ta tudo bem, voce vai ver... eu estou aqui nao estou? Nao morri e nem vou a lugar nenhum... um sonho ruim foi apenas isso.

Embalada nos bracos dele ela acabou adormecendo.

No dia seguinte...

Logo apos tomarem cafe, ambos seguiram para o trabalho sem qualquer comentario a noite anterior. Kate decidiu ir ao terapeuta antes mesmo do trabalho. O sonho nao saia da sua cabeca. assim qie ela entrou no consultorio o medico percebeu o ar de inquietacao no semblante dela.

- O que houve, Miss Austen?

Kate despejou tudo o que sonhara para ele. Cada detalhe, cada acontecimento vivido na memoria. Ela voltou a chorar. Apos acalma-la, o medico fez uma proposta dificil a ela:


- Kate eu sei que voce esta abalada mas talvez essa seja a melhor hora para fazermos uma regressao, ir em busca de respostas para suas perguntas, voce aceita?

Nao podia ficar pior que isso, certo? Ou podia?

- Ok, vamos tentar.

O terapeuta iniciou a sessao com ela, na primeira escapada Kate se viu brincando no quintal de casa com o pai. Nada de anormal. O terapeuta forcou mais um pouco e Kate se viu na floresta da ilha. Ela nao estava sozinha. Uma moca gravida estava sentada a sua frente ofegante.

- Kate, eu nao vou aguentar. Cade o Jack?

- Calma, Claire... ele esta vindo.

Mas o tempo passava e nada de Jack. Claire estava tendo o bebe. Kate a ajudava como podia ate que resolveu fazer o parto. E fez. Um menino. Lindo e loiro como a mae. Uma felicidade tomou conta de seu ser. Aaron, ele vai se chamar Aaron.

De repente, Kate estava na mesma cena do pesadelo, ao lado de Juliet com o espelho na mao tremendo. Jack deitado...a cena se repetiu e entao o medico a trouxe de volta.

- Kate? Tudo bem?

- OMG...

O coracao descompassado. Aaron, Jack , Juliet ... ela precisava sair dali. Ela tinha que encontra-lo.



CONTINUA...

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